quinta-feira, 21 de abril de 2022

 

“AJUSTE DE CONTAS” (“A SCORE TO SETTLE”), 2019, Canadá/Estados Unidos, produção original Netflix, 1h43m, Roteiro de John Stuart Newman e direção de Shawn Ku. A mediocridade tem sido a característica principal dos últimos filmes do ator Nicolas Cage. Neste drama psicológico, apesar da divulgação tratá-lo como um suspense de ação, o tédio predomina do começo ao fim. Cage interpreta Frank, que acaba de sair da cadeia depois de 19 anos encarcerado. Sua pena inicial era prisão perpétua por assassinato, mas transformada em condicional depois que um exame médico constatou que ele sofre de uma doença incurável provocada por uma insônia crônica, fazendo com que ele tenha alucinações constantes, perdas de memória e desmaios. Na verdade, Frank ganhou US$ 450 mil para assumir o assassinato em nome do chefe da quadrilha, este sim o responsável pelo crime. Ao sair da prisão, Frank reencontra o filho Joey (Noah Le Gros) para tentar reparar uma paternidade irresponsável. Frank sentia culpa de não ter participado da educação do filho, que entrou cedo para o mundo das drogas. Grande parte do filme é dedicada aos diálogos entre pai e filho, conversas entediantes e de pouco conteúdo. Quando saiu da prisão, Frank partiu para a vingança contra os antigos parceiros de crime pelo que fizeram com seu filho. Ação mesmo, só perto do desfecho. O filme já começa errado, quando a primeira cena mostra Frank saindo da cadeia e andando sem rumo por uma estrada de terra. De repente, vindo na direção contrária, aparece um sujeito misterioso de capuz. Era justamente Joey, o filho dele. Que coincidência mais patética! E segue por aí mais essa bomba de Cage. Também são cúmplices nessa bobagem cinematográfica Benjamin Bratt, Karolina Wydra, Mohamed Karim, Ian Tracey e Nicole Muñoz. O diretor Shawn Ku também é conhecido como coreógrafo de vários filmes. Dessa forma, só posso afirmar que Ku, como diretor, é um excelente coreógrafo. O filme é tão ruim que só obteve 15% de aprovação dos leitores do site Rotten Tomatoes, além da rara unanimidade dos críticos especializados em considerá-lo um dos piores filmes de Cage. Assino embaixo.                                                                    

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