“AJUSTE DE CONTAS” (“A
SCORE TO SETTLE”),
2019, Canadá/Estados Unidos, produção original Netflix, 1h43m, Roteiro de John
Stuart Newman e direção de Shawn Ku. A mediocridade tem sido a característica
principal dos últimos filmes do ator Nicolas Cage. Neste drama psicológico, apesar
da divulgação tratá-lo como um suspense de ação, o tédio predomina do começo ao
fim. Cage interpreta Frank, que acaba de sair da cadeia depois de 19 anos
encarcerado. Sua pena inicial era prisão perpétua por assassinato, mas transformada
em condicional depois que um exame médico constatou que ele sofre de uma doença
incurável provocada por uma insônia crônica, fazendo com que ele tenha alucinações constantes, perdas de memória e desmaios. Na verdade, Frank ganhou US$ 450
mil para assumir o assassinato em nome do chefe da quadrilha, este sim o
responsável pelo crime. Ao sair da prisão, Frank reencontra o filho Joey (Noah
Le Gros) para tentar reparar uma paternidade irresponsável. Frank sentia culpa
de não ter participado da educação do filho, que entrou cedo para o mundo das
drogas. Grande parte do filme é dedicada aos diálogos entre pai e filho,
conversas entediantes e de pouco conteúdo. Quando saiu da prisão, Frank partiu para a vingança contra os antigos parceiros de crime pelo que fizeram com seu filho. Ação mesmo, só perto do desfecho. O filme
já começa errado, quando a primeira cena mostra Frank saindo da cadeia e
andando sem rumo por uma estrada de terra. De repente, vindo na direção
contrária, aparece um sujeito misterioso de capuz. Era justamente Joey, o filho
dele. Que coincidência mais patética! E segue por aí mais essa bomba de Cage.
Também são cúmplices nessa bobagem cinematográfica Benjamin Bratt, Karolina
Wydra, Mohamed Karim, Ian Tracey e Nicole Muñoz. O diretor Shawn Ku também é conhecido
como coreógrafo de vários filmes. Dessa forma, só posso afirmar que Ku, como
diretor, é um excelente coreógrafo. O filme é tão ruim que só obteve 15% de
aprovação dos leitores do site Rotten Tomatoes, além da rara unanimidade dos
críticos especializados em considerá-lo um dos piores filmes de Cage. Assino
embaixo.
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