Eleita pelos
críticos de cinema como a melhor minissérie europeia de 2016, a norueguesa “NOBEL”
(“NOBEL – FRED PARA ENHVER PRIS”) realmente é sensacional. Como afirmou um
crítico, “É instantaneamente viciante”. Concordo plenamente, pois é difícil
fazer um intervalo, por menor que seja, entre os 8 capítulos (cada um de 45
minutos). O pano de fundo é a participação da Noruega na Guerra do Afeganistão.
Por trás da intenção de combater o Talibã, porém, há outros motivos para que o
governo norueguês envie seus soldados. Como mostra a minissérie, a principal
motivação é um acordo envolvendo a produção e venda de petróleo, negócio que
também contemplaria uma parceria com o governo da China. Além dos bastidores
dessas negociatas, a minissérie confere maior destaque à participação de um
grupo das forças especiais do exército norueguês comandado pelo tenente Erling
Riiser (Aksel Hennie). Ele e seus comandados serão encarregados de várias
missões em território afegão, uma delas, a mais difícil de todas, é a de
convencer os talibãs que a Noruega está oferecendo um negócio que beneficiará o
povo afegão. Outra missão da equipe de Erling é a de garantir a segurança do ministro
das relações exteriores da Noruega durante uma visita secreta aos líderes do Talibã.
Quando volta a Oslo para um período de descanso, Erling ainda terá de enfrentar
a insatisfação da esposa Johanne (a ótima Tuva Novotny) com seus longos
períodos longe de casa. A minissérie é bastante abrangente ao focar vários
temas, como a guerra, a amizade, os bastidores da política e o drama familiar. Revela também a pressão política exercida sobre a indicação ao Prêmio Nobel, daí a justificativa para a escolha do título. Ainda estão no elenco Danica Curcic, Anders Danielsen Lie e Christian Rubeck,
só para citar os mais conhecidos. Sem dúvida, uma das melhores minisséries já
realizadas pelo cinema europeu - disponível na plataforma Netflix. Não deixe de ver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário