“O
RELATÓRIO (“THE REPORT”), 2019, Estados Unidos, 1h59m, roteiro e
direção de Scott Z. Burnes – mais conhecidos como diretor de curtas e séries
televisivas, este é o seu segundo lonta-metragem. Muito bom, aliás,
principalmente pela história ser baseada em fatos. Em 2007, o senado
norte-americano criou uma comissão para investigar as denúncias de que o
pessoal da CIA, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, submeteu
prisioneiros suspeitos, principalmente muçulmanos, a violentas torturas,
prática condenada pelo governo norte-americano. A comissão de investigação foi
comandada pela senadora Diane Feinstein (Annette Bening), que nomeou o agente
Daniel Jones (Adam Driver) para chefiar os trabalhos. Durante cinco anos, Daniel e sua reduzida equipe,
mesmo com a falta de colaboração da CIA, conseguiu elaborar um relatório de 700
páginas comprovando que as denúncias estavam corretas. Descobriu também que as
fitas e vídeos dos interrogatórios e relatos de técnicas de tortura foram
destruídos. Para isso, contou com a ajuda de um repórter do Jornal New York
Times e de pessoas que testemunhas que presenciaram ou participaram dos
interrogatórios. Mesmo com os protestos da CIA, o relatório foi divulgado pela
senadora e causou grande repercussão na mídia. Embora verborrágico demais – não
dá para piscar nas legendas -, o filme tem como principal trunfo manter uma
tensão angustiante até o desfecho. O elenco conta ainda com Joh Hamm, Sarah Goldberg
e Maura Tierney. E, mais uma vez, com uma brilhante atuação, Adam Driver prova
por que é hoje um dos atores mais requisitados por Hollywood. Depois de estrear
no Festival de Cinema de Toronto, em setembro de 2019, “O Relatório” foi
exibido por aqui durante a programação da 43ª Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo, em outubro.
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