quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018


“MARSHAL”, EUA, 2017, direção de Reginald Hudlin. Trata-se de um ótimo drama de tribunal, que ficou melhor ainda por ser baseado em fatos reais. Ambientado no início dos anos 40, o filme recorda um dos casos mais famosos do advogado Thurgood Marshall (Chadwick Boseman, o “Pantera Negra” atualmente em cartaz), que anos mais tarde seria o primeiro juiz afro-descendente a pertencer à Corte Suprema Americana. Em início de carreira, Marshall percorria o território norte-americano como advogado da ANPPC (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor), defendendo os negros acusados, justa ou injustamente, por algum crime – ser negro nos EUA, naquela época, era meio caminho andado para a prisão. O caso retratado no filme relembra como Marshall atuou na defesa do motorista particular Josepho Spell (Sterling K. Brown), acusado de estuprar e tentar assassinar sua patroa, a socialite Eleonor Strubing (Kate Hudson, ótima como mulher fatal). Durante o julgamento, Marshall contou com a colaboração de Sam Friedman (Josh Gad), um advogado bastante atrapalhado e responsável por várias e ótimas cenas de humor. A surpreendente reviravolta no final torna o filme ainda mais interessante. “Marshall” disputará o Oscar 2018 na categoria Melhor Canção Original (“Stand up for Something”).             

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