Premiado
em vários festivais de cinema pelo mundo afora, o drama peruano “A
PASSAGEIRA” (“Magallanes”), 2014, conta uma história que tem como
pano de fundo os abusos cometidos por um coronel do exército na época (anos
80/90 do século passado) em que o governo peruano lutava contra o grupo radical
Sendero Luminoso. Vinte e cinco anos depois de ter servido como soldado no quartel
de Ayaucho, o agora taxista Harvey Magallanes (Damián Alcázar) tem uma surpresa
ao fazer uma corrida com uma mulher que ele reconhece como aquela garota de 14
anos que viveu um ano como escrava sexual do tal coronel, seu comandante, hoje sofrendo
de demência e entrevado numa cadeira de rodas. Magallanes quer saber como
Celina (Magaly Solier) está vivendo e em quais condições. Ele descobre que ela
está com dificuldades financeiras e ainda tem de cuidar do filho com
deficiência, fruto daquela sua experiência como escrava sexual. Num misto de
afeição e compaixão, Magallanes resolve ajudar Celina, nem que para isso chegue
ao extremo de planejar um sequestro. O filme marcou a estreia como roteirista e
diretor do ator peruano Salvador Del Solar, que se inspirou no livro “La
Pasajera”, escrito por Alonso Cueto. O filme é ótimo e o trio principal de
atores melhor ainda: o ator mexicano Damián Alcázar, a atriz peruana Magaly
Solier (de “A Teta Assustada”) e o veterano ator argentino Federico Luppi.
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