quinta-feira, 23 de março de 2017

Já vi muitos filmes bons com elencos formados por ilustres desconhecidos, assim como assisti a muitos filmes ruins com astros consagrados. Neste segundo caso incluo “BELEZA OCULTA” (“Collateral Beauty”), EUA, 2016. Olha só o elenco: Will Smith, Kate Winslet, Helen Mirren, Keira Knightley, Edward Norton, Michael Peña e Naomi Harris. Elenco de primeira para um filme de segunda. A história: o empresário Howard (Smith) é um dos sócios de uma famosa agência de propaganda. É considerado um gênio criativo e dos negócios. Depois da morte de sua filha de 6 anos de idade, ele entra em crise existencial, se transforma num morto-vivo, começa a brincar com peças de dominó e a escrever cartas para a Morte, o Tempo e a Vida. É mole? Tem mais. Seus sócios na agência resolvem contratar atores para representar os destinatários das cartas e tentar conversar com Howard. Quer mais? Uma mãe que também perdeu a filha ouve um conselho de uma misteriosa mulher: “Você precisa ver a beleza oculta”. Vá dizer isso a alguém que acaba de perder um ente querido. Os responsáveis por esse besteirol: o roteirista Allan Loeb (“Coincidências do Amor”) e o diretor David Frankel (“Marley & Eu”). Eles tentaram fazer um filme para o público chorar, exagerando no tom emotivo e no sentimentalismo barato, utilizando diálogos artificiais e de uma profundidade milimétrica. Com toda razão, o filme foi massacrado pela crítica especializada. Não perca seu tempo!       

Nenhum comentário: