Já vi
muitos filmes bons com elencos formados por ilustres desconhecidos, assim como
assisti a muitos filmes ruins com astros consagrados. Neste segundo caso incluo
“BELEZA OCULTA” (“Collateral Beauty”), EUA, 2016. Olha só o elenco: Will Smith, Kate Winslet,
Helen Mirren, Keira Knightley, Edward Norton, Michael Peña e Naomi Harris. Elenco de primeira para um filme de segunda. A
história: o empresário Howard (Smith) é um dos sócios de uma famosa agência de
propaganda. É considerado um gênio criativo e dos negócios. Depois da morte de sua filha de 6 anos
de idade, ele entra em crise existencial, se transforma num morto-vivo, começa a brincar com peças de dominó e a escrever cartas para a Morte, o Tempo e a Vida. É mole? Tem mais. Seus sócios
na agência resolvem contratar atores para representar os destinatários das
cartas e tentar conversar com Howard. Quer mais? Uma mãe que também perdeu a
filha ouve um conselho de uma misteriosa mulher: “Você precisa ver a beleza oculta”. Vá
dizer isso a alguém que acaba de perder um ente querido. Os responsáveis por
esse besteirol: o roteirista Allan Loeb (“Coincidências do Amor”) e o diretor
David Frankel (“Marley & Eu”). Eles tentaram fazer um filme para o público
chorar, exagerando no tom emotivo e no sentimentalismo barato, utilizando diálogos
artificiais e de uma profundidade milimétrica. Com toda razão, o filme foi
massacrado pela crítica especializada. Não perca seu tempo!
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