quinta-feira, 24 de março de 2016

Representante oficial da Islândia na disputa de “Melhor Filme Estrangeiro” no Oscar 2016, “A OVELHA NEGRA” (“Hrútar”), direção de Grímur Hákonarson, reúne momentos de puro drama, outros de humor e ainda outros bastante comoventes. Ambientada numa região do interior da Islândia habitada por fazendeiros criadores de ovelhas (na Islândia, existem 800 mil ovelhas, enquanto a população não passa de 320 mil habitantes), a história é centrada em dois irmãos vizinhos que não se falam há 40 anos, Gummi (Sigurour Sigurjónsson) e Loddi (Theodór Júlíusson). Depois de perder o concurso anual de ovelhas justamente para o irmão Loddi, Gummi fica inconformado e vai, secretamente, avaliar a ovelha vencedora, quando desconfia que o animal está com “scrapie”, uma doença contagiosa. As autoridades de saúde da região confirmam a doença e exigem que todos os animais sejam sacrificados. Diante da trágica situação, Gummi ainda tentará manter o seu rebanho. Apesar do contexto dramático, há espaço para o humor, principalmente no que se refere às atitudes dos irmãos rabugentos, que só se comunicam por bilhetes, levados pelo cachorro de Gummi. A cena final é das mais tocantes e comoventes, de arrancar lágrimas. A simplicidade da história talvez seja o maior trunfo do filme, vencedor da Mostra “Um Certo Olhar” do Festival de Cannes e exibido por aqui durante a programação da 39ª edição do Festival Internacional de Cinema de São Paulo.

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