Representante
oficial da Islândia na disputa de “Melhor Filme Estrangeiro” no Oscar 2016, “A
OVELHA NEGRA” (“Hrútar”), direção de
Grímur Hákonarson, reúne momentos de puro drama, outros de humor e ainda outros
bastante comoventes. Ambientada numa região do interior
da Islândia habitada por fazendeiros criadores de ovelhas (na Islândia, existem
800 mil ovelhas, enquanto a população não passa de 320 mil habitantes), a história
é centrada em dois irmãos vizinhos que não se falam há 40 anos, Gummi (Sigurour
Sigurjónsson) e Loddi (Theodór Júlíusson). Depois de perder o concurso anual de
ovelhas justamente para o irmão Loddi, Gummi fica inconformado e vai,
secretamente, avaliar a ovelha vencedora, quando desconfia que o animal está
com “scrapie”, uma doença contagiosa. As autoridades de saúde da região
confirmam a doença e exigem que todos os animais sejam sacrificados. Diante da
trágica situação, Gummi ainda tentará manter o seu rebanho. Apesar do contexto
dramático, há espaço para o humor, principalmente no que se refere às atitudes
dos irmãos rabugentos, que só se comunicam por bilhetes, levados pelo cachorro
de Gummi. A cena final é das mais tocantes e comoventes, de arrancar lágrimas. A
simplicidade da história talvez seja o maior trunfo do filme, vencedor da
Mostra “Um Certo Olhar” do Festival de Cannes e exibido por aqui durante a
programação da 39ª edição do Festival Internacional de Cinema de São Paulo.
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