“VÍCIO INERENTE” (“Inherent Vice”), 2014, EUA, é um drama bem-humorado baseado
em livro de Thomas Pynchon. A história, ambientada em 1970 na cidade de Los
Angeles, é centrada no detetive particular Larry “Doc” Sportello (Joaquin
Phoenix), que, a pedido da ex-namorada Shasta Fay Hepworth (Katherine
Waterston), começa a investigar o desaparecimento do atual namorado dela, um
empresário do ramo imobiliário. Em meio ao seu trabalho, “Doc” acaba se
desentendendo com o detetive Christian “Bigfood” Bjorsen (Josh Brolin), encarregado
oficial do caso. “Doc” passa o filme inteiro totalmente chapado, maconha como
combustível – de vez em quando, cocaína. É um personagem asqueroso, sujo e
maltrapilho, enfim, um hippie da pior qualidade. Seu único fator positivo é ficar igualzinho a John Lennon quando coloca aqueles óculos escuros redondinho. Joaquin Phoenix está ótimo no
papel, provando que é um ator bastante versátil. A trama é meio complicada e pode confundir o espectador, principalmente
pelos inúmeros personagens que aparecem no meio da história. Para complementar
o quadro geral meio estranho, o escritório de “Doc” fica dentro de uma clínica médica. Tem até uma cena onde um grupo de rock aparece comendo pizza ao estilo do quadro da Santa Ceia. É
claro que todo esse cenário é obra do diretor Paul Thomas Anderson (“Sangue
Negro”, “O Mestre”, “Magnólia”), acostumado em não economizar esquisitices. Vale pelo humor, ambientação de época e, principalmente, pelo ótimo elenco, que conta também com
Reese Witherspoon, Benício Del Toro, Martin Short, Owen
Wilson e Eric Roberts (o irmão da Júlia). Não chega a ser bom, mas um filme bastante interessante.
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