“O Julgamento
de Nuremberg”, co-produção Canadá/EUA de 2000, é talvez o melhor filme já feito sobre
o maior acontecimento jurídico do Século XX. O julgamento, ocorrido logo depois
do final da 2ª Guerra Mundial, colocou no banco dos réus, na cidade alemã de
Nuremberg, vinte e quatro importantes oficiais nazistas acusados dos mais hediondos crimes,
o maior deles o assassinato de milhões de judeus em campos de concentração. O
filme é uma verdadeira aula de história. Os depoimentos de juízes, promotores,
advogados de defesa, sobreviventes e réus foram copiados das fitas gravadas
durante o julgamento original. Cenas de bastidores, incluindo os prisioneiros
em seu dia-a-dia, também obedeceram fielmente os relatos da época. É impossível
não se emocionar com as cenas que mostram trechos de filmes produzidos pelas
forças aliadas nos campos de concentração libertados. São chocantes. A
impressão que dá é que os atores também ficaram chocados, muitos deles com
lágrimas nos olhos. O elenco é excelente: Alec Baldwin, Jill Hennessy, Brian
Cox, Christopher Plummer, Roger Dunn e Max Von Sidow, entre outros. A atriz Charlotte
Gainsbourg faz uma sobrevivente que dá um depoimento emocionado sobre o que viu
e sofreu num campo de concentração. É marcante, por exemplo, a cena seguinte, quando
ela termina de testemunhar e passa diante dos reús, encarando um por um. O
filme tem três horas de duração, mas vale cada minuto.
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