“CEMITÉRIO DO ESPLENDOR” (“Rak ti Khon Kaen”), 2015, Tailândia, roteiro e direção de
Apichatpong Weerasethakul. Neste seu mais recente filme, o cineasta tailandês retoma os temas que já havia explorado
no abominável “Tio Boonme, que pode recordar Vidas Passadas” (Palma de Ouro em
Cannes/2010, um absurdo): vidas passadas, espíritos, sonhos, mediunidade, deuses,
filosofia de vida, religião etc. O filme é ambientado num pequeno
hospital onde antes funcionava uma escola infantil, numa floresta no interior
da Tailândia. Nesse hospital, estão internados 27 soldados acometidos de uma
rara doença do sono. Uns dormem o tempo todo, outros acordam de vez em quando. Quem
domina a cena é Jenjira (Jenjira Pongpas), uma mulher de meia-idade voluntária
no hospital, e Keng (Jarinpattra Ruengram), uma jovem médium. Elas conversam o
tempo todo sobre diversos assuntos, um deles o fato de que a escola, hoje
hospital, foi construída em cima de um cemitério onde estão enterrados os
corpos de antigos reis e rainhas. No hospital, Keng tenta decifrar os sonhos e desejos dos soldados dorminhocos, enquanto Jenjira se afeiçoa por um dos soldados, Itt
(Banlop Lomnoi), com o qual costuma ter longas conversas. Assim como os
soldados, há grandes chances do espectador dormir durante o filme.
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