sábado, 28 de dezembro de 2024

“O VOO SEQUESTRADO” (“HIJACK ‘93”), 2024, Nigéria, 1h26m, em cartaz na Netflix, direção de Robert Peters, seguindo roteiro assinado por Musa Jeffery David. Não torça o nariz só porque o filme é nigeriano. Digo isso porque já assisti a vários filmes muito bons feitos em Nollywood – como é chamado o cinema da Nigéria. Saiba também que a Nigéria é o segundo maior produtor de filmes do mundo, perdendo apenas para a Índia (Bollywood) e superando os Estados Unidos (Hollywood, claro), em terceiro lugar. “O Voo Sequestrado” relembra um fato real ocorrido em 1993. No dia 25 de outubro daquele ano, quatro jovens ligados ao MAD (Movimento para a Atualização da Democracia) sequestram o avião da Nigeria Airways que levantou de Lagos com destino à capital Abuja. Os sequestradores queriam chamar a atenção do mundo para a situação política da Nigéria, com abusos dos direitos humanos e corrupção governamental, além de exigirem a renúncia do general Ibrahim Babangida, o então ministro da Defesa. A intenção era desviar o voo para Frankfurt, na Alemanha, mas antes o avião teve que fazer um pouso forçado para abastecer no aeroporto de Niamey, no país vizinho Níger. Aqui se desenrolam as negociações entre os sequestradores, o governo do Níger e da Nigéria. Não vou dar spoilers sobre o que acontece no desfecho, pois acredito que são poucos os que se lembram dessa história. Trocando em miúdos, o filme é muito bom, mantém uma tensão constante do começo até o final. Tem seus defeitos, mas são poucos e não prejudicam o resultado final. Vale a pena assistir, principalmente para quem tem a curiosidade de conhecer um pouco do cinema de Nollywood.         

 

Nenhum comentário: