segunda-feira, 6 de abril de 2020


Representante oficial de Israel na disputa do Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro, “O CONFEITEIRO” (“The Cakemaker”), 1h53, foi é o primeiro longa-metragem escrito e dirigido por Ofir Raul Graizer, mais conhecido em Israel como diretor de curtas. Sem dúvida, estreou de forma magistral, realizando um filme bastante sensível e muito interessante. A história começa em Berlim e envolve o confeiteiro Thomas (Tim Kalkhof), proprietário de uma confeitaria, e o israelense Oren (Roy Miller), um importante executivo que costuma viajar à Alemanha para cuidar dos negócios de sua empresa. Atraído pela qualidade dos bolos feitos por Thomas, Oren vira um cliente assíduo da confeitaria. Papo vai, papo vem, Oren sente-se atraído não apenas pelos bolos, mas também pelo confeiteiro. Embora casado em Israel e pai de um menino, Oren assume o romance com Thomas, resultando num aumento de viagens a Berlim. O caso fica mais sério, a ponto de Oren pensar em abandonar a família e ir morar com o amante. Um dia, porém, acontece um trágico imprevisto: Oren morre num acidente automobilístico. Devastado pela notícia e, ao mesmo tempo, disposto a conhecer pessoalmente a esposa de Oren, Anat (Sarah Adler), e quem sabe ajudá-la nesse momento difícil, Thomas resolve ir para Jerusalém. Sem se identificar, ele procura trabalho na cafeteria de propriedade de Anat. A partir daí, além de conseguir o trabalho como ajudante de cozinha, Thomas começa a preparar seus famosos cookies e bolos que farão o maior sucesso, atraindo muitos clientes para a cafeteria de Anat. De início, o alemão, por razões históricas óbvias, não foi bem recebido pela família e amigos de Anat. Ainda mais por não ter qualquer vínculo com a religião judaica. Mas Anat segura a barra, até que... A partir daqui, deixo as surpresas do roteiro a quem se dispuser a assistir ao filme, que, como escrevi no início deste comentário, foi escrito e dirigido com muita competência e sensibilidade pelo cineasta israelense. Indicado apenas para o pessoal que, como eu, exige qualidade e curte o bom cinema. Imperdível!   

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