“A PAIXÃO DE AUGUSTINE” (“LA PASSION d’AUGUSTINE”),
2016, Canadá, 1h43m. roteiro e direção de Léa Pool, falado em francês. Não descobri, mas acredito que a diretora tenha elaborado a história inspirada em fatos reais. A personagem do título é
Simone Beaulieu, mais conhecida como Madre Augustine, que nos anos 60 era
diretora de uma escola/convento na zona rural de Québec. Quando assumiu a
direção, Augustine (Céline Bonnier) instituiu na escola, além da
religião e aulas de literatura e francês já constantes do currículo, o ensino da música. Pianista clássica
na juventude, Augustine revelou em seu colégio vários talentos, responsáveis
por conquistar vários prêmios em concursos musicais da região. Um desses talentos
era sua própria sobrinha, a rebelde Alice (Lysandre Ménard), uma verdadeira virtuose no piano. Além das aulas de
música, o filme dá destaque à influência do polêmico Concílio Vaticano II, que discutiu
e regulamentou vários temas, incluindo ações para a modernidade da Igreja
Católica. Outra questão enfocada foi a iniciativa do governo canadense de só
permitir o ensino público em colégios do Estado, o que praticamente determinou
o fechamento do convento de Augustine. O filme é muito bom, a história
comovente e sensível, além de uma saborosa trilha sonora: Bach Liszt, Chopin, Mozart etc. A nata da música clássica, tocada em solos
maravilhosos pelas alunas de Augustine. Sem falar no ótimo elenco, encabeçado por
essa atriz maravilhosa Céline Bonnier, a Madre Augustine. Mais um bom trabalho realizado pela roteirista diretora suíço/canadense Léa Pool, que em 2014 já havia conquistado o Prêmio Especial do Júri Ecumênico no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Já que estamos falando de música, resumo da ópera: um filme imperdível!
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