“NEGÓCIO DAS ARÁBIAS” (“A HOLOGRAM FOR THE KING”), 2016, coprodução
Alemanha/EUA. Jamais imaginei que Tom Hanks pudesse participar de um filme tão
ruim quanto “A Viagem”, de 2012. Os dois filmes levam a assinatura (de
roteiro e direção) do diretor alemão Tom Tykwer, que ficou famoso com o surpreendente “Corra
Lola, Corra”, de 1998, mas depois nunca mais acertou. Tykwer adaptou a história
para o cinema do livro “A Hologram for the King”, de David Eggers. No recente
abacaxi, Tom Hanks é o empresário Alan Clay, cuja empresa de TI está à beira da
falência. Ele então parte para a Arábia Saudita, onde sua empresa já conta com
três funcionários instalados, pasmem, numa tenda no deserto. A ideia é
apresentar um software de hologramas ao rei da Arábia Saudita. Enquanto não é
recebido pelo rei, que está sempre viajando, Alan preenche seu tempo indo a uma
festa na embaixada da Dinamarca regada a muita bebida e drogas, ou embarcando numa
viagem à vila de seu motorista, Yousef (Alexander Black), no meio do deserto
(lá, é tudo no meio do deserto - as locações aconteceram no Marrocos, no Egito e na Arábia Saudita). O roteiro ainda reserva como atração adicional uma absurda cirurgia
que Alan sofrerá para retirar um caroço das costas, o que o levará a conhecer a
médica Zahra (Sarita Choudhury), por quem se apaixonará. Quer mais? Assista e veja se não tenho razão. Ao participar do filme, Tom Hanks talvez tenha feito um negócio das arábias, mas para nós, espectadores, restou o deserto.
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