“GOLPE DE SORTE EM PARIS”
(“COUP DE CHANCE”), 2024, coprodução Estados Unidos/França, 1h36m,
em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Woody Allen. Este é o 50º filme
de Allen, Assisti a todos, desde o seu primeiro, “Um Assaltante Bem Trapalhão”,
de 1969. Aos 89 anos, Allen talvez não tenha vigor para dirigir mais algum
filme, mas se optar pela aposentadoria deixa um legado importante para o
cinema. Seus filmes são inteligentes, bem-humorados, saborosos, diálogos
primorosos etc. Enfim, um gênio. Neste “Golpe de Sorte em Paris”, Allen optou
por um suspense meio hitchcockiano, contando uma história repleta de
reviravoltas, todo falado em francês e ambientado, em sua grande parte, em
Paris. Fanny (a ótima Lou De Laâge) é casada com Jean (Melvil Poupaud), um rico
empresário do mundo dos investimentos. O casamento parece consolidado, até que
surge um antigo colega de escola de Fanny, o jovem Alain (Niels Schneider), metido
a poeta. Os dois acabam tendo um caso e, desconfiado, o marido Jean contrata um
detetive particular. Em meio a essa confusão, surge Camille (Valérie
Lemercier), mãe de Fanny, que terá um papel importante em todo o contexto da
história. Prefiro não discorrer mais para evitar algum spoiler. Além do
saboroso enredo, “Golpe de Sorte em Paris” se destaca pela qualidade estética
do visual, que leva a assinatura do veterano diretor de fotografia italiano
Vittorio Storaro, conhecido como “o mago da luz”, em seu 5º filme com Allen.
Outro destaque do filme é a trilha sonora, mais uma vez recheada de jazz
tradicional, desta vez incluindo uma gravação de 1966 – “Cantaloupe Island” –
com o pianista Herbie Hancock e o pistonista Nat Adderley. Resumo da ópera:
trata-se de um filme de Woody Allen e, portanto, imperdível, pelo menos para os
fãs do diretor, como eu.
quinta-feira, 3 de abril de 2025
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