“PEQUENAS CARTAS OBSCENAS” (“WICKED
LITTLE LETTERS”), 2023, coprodução Inglaterra/França/Estados
Unidos, em cartaz na HBO Max, direção de Thea Sharrock (”Como Eu Era Antes de
Você”), seguindo roteiro assinado por Jonny Sweet. Mais uma pequena joia do
cinema atual, uma comédia inteligente, com um elenco afinado com algumas
atuações primorosas. E, melhor: a história é baseada em fatos reais, o que dá
um sabor especial ao que veremos na telinha. Estamos em 1920 na pequena cidade inglesa de Littlehampton. Moradoras de um bairro começam a receber cartas anônimas
obscenas, escandalosas e maldosas. Uma das vítimas é Edith Swan (Olivia Colman),
que, além de solteirona, é conhecida fanática religiosa. Ela mora com os pais,
Edward (Timothy Spall) e Victoria Swan (Gemma Jones), que a tratam como criança
e empregada da casa. Edith vai à polícia e acusa sua vizinha Rose Gooding (Jessie
Buckley), como a perversa missivista. Para o conservadorismo machista da época,
Rose realmente era a principal suspeita. Imigrante irlandesa, Rose era conhecida como uma moça desbocada, beberrona, briguenta e, ainda por cima, mãe solteira da
pequena Nancy (Alisha Weir). Rose é presa e tentará provar que é inocente. Para
isso, contará com a ajuda da policial Gladys (Anjana Vasan) e de três
integrantes do Clube das Cartas. Graças a um roteiro elaborado com
inteligência, as situações cômicas vão se acumulando ao longo da história, tornando
o filme agradável de assistir, com um desfecho que é a cereja do bolo. O elenco
valoriza ainda mais o resultado final, começando pela maravilhosa Olivia Colman
(Oscar de Melhor Atriz em 2022 por “A Filha Perdida”), a irlandesa Jessie
Buckley (indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante também por “A Filha Perdida”) e
os veteranos Timothy Spall e Gemma Jones. Trocando em miúdos, “Pequenas Cartas
Obscenas” é simplesmente imperdível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário