“OS FABELMANS” (“THE FABELMANS”), 2022,
Estados Unidos, 2h31m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Steven Spielberg,
que assina o roteiro com a colaboração de Tony Kushner. Todo mundo curte há
anos os filmes de Spielberg, um dos grandes de Hollywood, mas poucos conhecem a história de sua vida em
família. Em “Os Fabelmans”, o grande diretor resgata memórias da sua infância e
adolescência, destacando o dia a dia da família - pai, mãe e três irmãs -, o
início de sua paixão pelo cinema ao assistir “O Maior Espetáculo da Terra”, em
1952, o bullying sofrido na escola pelo fato de ser judeu, sua primeira
namorada e até uma confidência muito pessoal e delicada, como a traição de sua
mãe com o melhor amigo do seu pai, sem falar nos primeiros filmes caseiros que
dirigiu. Convém lembrar que os nomes dos personagens são fictícios. O
personagem de Spielberg é Sammy (Mateo Zoryan quando criança e Gabriel Labelle
como adolescente), Michelle Williams interpreta a mãe Mitzi, Paul Dano é Burt
Fabelman, o pai, e Seth Rogan é Bennie Loewy, o amigo da família pelo qual Mitzi
se apaixona, culminando com um divórcio bastante dolorido. Completam o elenco
Judd Hirsch, como o tio meio maluco, e David Lynch como John Ford. O filme foi
indicado em 7 categorias para disputar o Oscar 2023: Melhor Direção, Melhor
Atriz (Michelle Williams), Melhor Roteiro Original, Melhor Ator Coadjuvante
(Judd Hirsch), Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Direção de Arte. Não
conseguiu nenhuma estatueta, uma injustiça, pelo menos no que diz respeito a Michelle Williams, que dá um show de interpretação e não merecia perder para
Michelle Yeoh, de “Tudo em Todo lugar ao Mesmo Tempo”. Eu considero “Os
Fabelmans” uma bela homenagem ao cinema, assim como “Cinema Paradiso” e outros
tantos. Spielberg, mais uma vez, acertou em cheio.
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