“UM DIA PERFEITO” (“Um Día Perfecto”), 2015,
Espanha, roteiro e direção de Fernando Léon de Aranda. A história é ambientada no
final dos anos 90 em algum lugar dos Bálcãs, quando o conflito étnico na ex-Iugoslávia
caminhava para o seu final e mostra o cotidiano de uma equipe de voluntários de
uma organização humanitária. Da equipe fazem parte o porto-riquenho Mambrú
(Benício Del Toro), a francesa Sophie (Mélanie Therry), o norte-americano B
(Tim Robbins) e o sérvio Damir (Fedja Stukan), guia e intérprete. Seu trabalho
é supervisionado pelo pessoal das Nações Unidas, que recruta a croata Katya
(Olga Kurylenko) para coordenar os trabalhos da equipe humanitária. Entre as
missões do grupo está o resgate do cadáver de um homem atirado no único poço de
água de uma cidade com o objetivo de contaminá-la. Para retirar o corpo, porém,
será necessária a utilização de uma corda. Lutando contra todo tipo de dificuldade,
incluindo a falta de cordas e os entraves burocráticos da ONU, a equipe terá de
se desdobrar para cumprir a difícil missão. Para amenizar o contexto dramático
da trágica guerra, Aranda impõe um tom irônico aos diálogos, acrescentando
altas doses de humor negro, como nas cenas em que o comboio da equipe é obrigado a desviar de vacas mortas na estrada sem saber para que lado devem ir para evitar as minas. Além disso, o pop impera na trilha sonora, com
Marilyn Mason, Lou Reed e Ramones. O filme estreou no Festival de Cannes 2015 e
ganhou elogios da crítica especializada. Do mesmo diretor, gostei muito mais de
“Segunda-feira ao Sol”, um retrato dramático do desemprego na Espanha no início
deste século.
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