domingo, 8 de janeiro de 2017

“UM DIA PERFEITO” (“Um Día Perfecto”), 2015, Espanha, roteiro e direção de Fernando Léon de Aranda. A história é ambientada no final dos anos 90 em algum lugar dos Bálcãs, quando o conflito étnico na ex-Iugoslávia caminhava para o seu final e mostra o cotidiano de uma equipe de voluntários de uma organização humanitária. Da equipe fazem parte o porto-riquenho Mambrú (Benício Del Toro), a francesa Sophie (Mélanie Therry), o norte-americano B (Tim Robbins) e o sérvio Damir (Fedja Stukan), guia e intérprete. Seu trabalho é supervisionado pelo pessoal das Nações Unidas, que recruta a croata Katya (Olga Kurylenko) para coordenar os trabalhos da equipe humanitária. Entre as missões do grupo está o resgate do cadáver de um homem atirado no único poço de água de uma cidade com o objetivo de contaminá-la. Para retirar o corpo, porém, será necessária a utilização de uma corda. Lutando contra todo tipo de dificuldade, incluindo a falta de cordas e os entraves burocráticos da ONU, a equipe terá de se desdobrar para cumprir a difícil missão. Para amenizar o contexto dramático da trágica guerra, Aranda impõe um tom irônico aos diálogos, acrescentando altas doses de humor negro, como nas cenas em que o comboio da equipe é obrigado a desviar de vacas mortas na estrada sem saber para que lado devem ir para evitar as minas. Além disso, o pop impera na trilha sonora, com Marilyn Mason, Lou Reed e Ramones. O filme estreou no Festival de Cannes 2015 e ganhou elogios da crítica especializada. Do mesmo diretor, gostei muito mais de “Segunda-feira ao Sol”, um retrato dramático do desemprego na Espanha no início deste século.                                                          
 
              
 
 
                                                      

                                  

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