quarta-feira, 12 de outubro de 2016

“TRÊS LEMBRANÇAS DA MINHA JUVENTUDE” (“TROIS SOUVENIRS DE MA JEUNESSE”), 2014, França, roteiro e direção de Arnaud Desplechin. O filme começa ao estilo dos contos infantis: “Era uma vez...”. O antropólogo Paul Dédalus (Mathieu Amalric) está deitado na cama com sua namorada russa e no meio do papo decide recordar alguns fatos que marcaram sua vida: “Eu me lembro...”. Dédalus relembra três episódios, começando com sua infância ao lado dos dois irmãos e o horror que tinha pela mãe problemática, que se suicidou quando ele tinha 11 anos. O segundo episódio conta sua passagem pela Rússia, quando emprestava sua identidade para seus amigos judeus fugirem do regime comunista. O terceiro episódio – o mais longo – é dedicado a um grande amor da juventude, Esther (Lou Roy Lecollinet). O relacionamento é bastante conturbado, com muitos encontros e desencontros, muito sexo em meio a brigas, traições e separações. Quando jovem, Dédalus é interpretado pelo ator estreante Quentin Dolmaire (o filme também marca a estreia da bela Lou Lecollinet). O filme tem um roteiro meio complicado, que dificulta a compreensão da história em certos momentos. É verborrágico demais, além de apresentar algumas situações forçadas e cenas que se arrastam sem uma conclusão convincente. Gostei apenas da recriação de época e do recurso utilizado pelo diretor para situar a ação em determinadas épocas, como a queda do Muro de Berlim, em 1989. De qualquer forma, é importante ressaltar que o filme recebeu o prêmio de Melhor Direção de Arte do Festival Internacional de Cinema de Chicago e o prêmio SACD da Quinzena dos Diretores do Festival de Cannes 2015.         
 

              

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