“SOB AS ÁGUAS DO SENA” ("SOUS
LA SEINE”), 2024, França, 1h44m, em cartaz na Netflix,
roteiro e direção de Xavier Jens. Como teste final para a organização dos Jogos
Olímpicos de Paris, agora em 2024, a prefeitura da capital francesa anuncia a
realização de uma etapa do Campeonato Mundial de Triatlo, cuja prova de natação
ocorrerá no Rio Sena. Poucos dias antes, porém, um grupo ativista ambiental
descobre que um gigantesco tubarão está livre, leve e solto no Rio Sena. Em
total silêncio para não causar pânico na população, a bióloga marinha Sophia (Bérénice
Bejo) e mergulhadores da polícia parisiense tentam capturar o animal, um
espécime de mais de 7 metros de comprimento. Depois de uma tentativa frustrada
nas catacumbas do rio, Sophia e a polícia recorrem à prefeita de Paris (Anne
Marivin) e pedem para adiar a competição, caso contrário muitas mortes
ocorrerão. Claro, a política nega o pedido alegando não poder perder um
investimento já feito, além de nem mesmo acreditar que haja um tubarão no Sena. Tragédia plenamente anunciada. O filme é repleto de absurdos, aqui incluída
a própria história – Jacques Custeau deve ter se revirado no caixão. As cenas
submarinas também não contribuem, além de um elenco pobre de qualidade, mesmo
com a participação da atriz argentina naturalizada francesa Bérénice Bejo,
indicada ao Globo de Ouro e ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante em 2012 pelo
filme “O Artista”, também pelo qual ganhou o “César” (Oscar francês) como
Melhor Atriz. Trocando em miúdos, “Sob as Águas do Sena” é um filme bem difícil
de recomendar, embora na "democracia relativa" em que vivemos o espectador é
livre para escolher.
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