domingo, 9 de junho de 2024

 

“SOB AS ÁGUAS DO SENA” ("SOUS LA SEINE”), 2024, França, 1h44m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção de Xavier Jens. Como teste final para a organização dos Jogos Olímpicos de Paris, agora em 2024, a prefeitura da capital francesa anuncia a realização de uma etapa do Campeonato Mundial de Triatlo, cuja prova de natação ocorrerá no Rio Sena. Poucos dias antes, porém, um grupo ativista ambiental descobre que um gigantesco tubarão está livre, leve e solto no Rio Sena. Em total silêncio para não causar pânico na população, a bióloga marinha Sophia (Bérénice Bejo) e mergulhadores da polícia parisiense tentam capturar o animal, um espécime de mais de 7 metros de comprimento. Depois de uma tentativa frustrada nas catacumbas do rio, Sophia e a polícia recorrem à prefeita de Paris (Anne Marivin) e pedem para adiar a competição, caso contrário muitas mortes ocorrerão. Claro, a política nega o pedido alegando não poder perder um investimento já feito, além de nem mesmo acreditar que haja um tubarão no Sena. Tragédia plenamente anunciada. O filme é repleto de absurdos, aqui incluída a própria história – Jacques Custeau deve ter se revirado no caixão. As cenas submarinas também não contribuem, além de um elenco pobre de qualidade, mesmo com a participação da atriz argentina naturalizada francesa Bérénice Bejo, indicada ao Globo de Ouro e ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante em 2012 pelo filme “O Artista”, também pelo qual ganhou o “César” (Oscar francês) como Melhor Atriz. Trocando em miúdos, “Sob as Águas do Sena” é um filme bem difícil de recomendar, embora na "democracia relativa" em que vivemos o espectador é livre para escolher.                     

 

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