“FERRARI”, 2023,
Estados Unidos, 2h10m, em cartaz na Prime Vídeo, direção do veterano cineasta
Michael Mann. O roteiro, assinado por Troy Kennedy-Martin e David Rayfield, foi
baseado no livro “Enzo Ferrari: The Man and the Machine”, do jornalista
norte-americano Brock Yates. O filme acompanha as atividades do empresário
italiano Enzo Ferrari (1898-1988) no emblemático ano de 1957, quando a famosa
fabricante encontrava-se à beira da falência. Ferrari estuda várias soluções para
sair da crise: associar-se à Ford ou à Fiat, além da obrigação de vencer a
tradicional prova “Mille Miglia”, pois uma vitória certamente alavancará as
vendas da empresa. Além desses aspectos, o filme explora os problemas familiares
enfrentados pelo egocêntrico e arrogante Enzo Ferrari (Adam Driver), seu conflituoso casamento com Laura
(Penélope Cruz), também sua sócia no negócio, e seus casos com outras mulheres,
especialmente a amante oficial, Lina Lard (Shailene Woodley), com a qual teve um
filho. Para os apreciadores do automobilismo esportivo, “Ferrari” reserva ótimas
cenas de corrida, com destaque para a já citada “Mille Miglia”, competição de
rua e estrada de mil milhas, saindo de Bréscia até Roma e retornando a Bréscia.
Outro destaque deve ser dado às atuações primorosas de Adam Driver e Penélope
Cruz. Completam o elenco Sarah Gadon, Daniela Piperno, Patrick Dempsey e o ator
brasileiro Gabriel Leone, que recentemente desempenhou o papel de Ayrton Senna
em uma série a ser lançada este ano pela Netflix. O que me incomodou no filme
foi o fato de ser falado em inglês, num ambiente totalmente italiano. Mesmo que
os atores tenham forçado um sotaque, não ficou a mesma coisa. Talvez tenha sido
essa, na minha opinião, a única falha do filme, que infelizmente foi esnobado
pelo Oscar 2024, não recebendo nenhuma indicação, o que achei muito injusto. Trata-se
de um filmaço. Não perca!
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