CINZAS (KÜL), 2024,
Turquia, 1h40m, em cartaz na Netflix, direção de Erdem Tepegöz, seguindo
roteiro assinado por Erdi Isik. Drama romanceado com algum suspense da metade
para o fim. Gökçe (Funda Erygit) é casada com Kenan (Mehme Günsür), dono de uma
grande editora de livros em Istambul. Ele é dona de uma loja de roupas
femininas de alto padrão. O editor Kenan faz questão de que Gökce faça a
primeira leitura dos livros enviados à editora e sua opinião é levada a sério.
Até que chega, pelo correio, o rascunho de um romance intitulado “Kül”, porém
sem o nome do autor ou autora. Ao ler a história, um romance entre um homem chamado
apenas de “M” e uma mulher, Gökçe começa a ficar obcecada pelas situações
relatadas, começando a ter fantasias sobre o livro, imaginando-se como a personagem principal - eu não sabia, mas existe uma tal de Fictofilia: amor ou obsessão por personagens fictícios. Seguindo alguns
locais citados no livro, a maioria deles na periferia pobre de Istambul, Gökçe
acaba encontrando o suposto autor do livro, um carpinteiro chamado Metin Ali
(Alperen Duymaz). Surge uma amizade entre eles, mas fica claro que Metin tem um
passado misterioso. Mesmo assim, Gökçe se apaixona perdidamente pelo
carpinteiro, uma relação que pode levar a uma tragédia. Não comento mais para
não estragar as surpresas deixadas para o desfecho. Além disso, a cena final
deixa o espectador com a pulga atrás da orelha, pois dá a entender que a
realidade talvez seja ficção, ou vice-versa. Este final intrigante valoriza e
faz de “Cinzas” um ótimo entretenimento – sem falar na beleza e competência da
atriz Funda Erygit, uma das mais conhecidas do cinema turco.
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