A ARTE DE AMAR (ROMANTIK
HIRSIZ), 2024, Turquia, em cartaz na Netflix, 1h38m, direção de Recai
Karagöz (“Táticas do Amor”), seguindo roteiro assinado por Pelin
Karamehmetoglu. Se a história não é grande coisa, repleta de situações
inverossímeis e fantasiosas, não se pode negar que se trata de um filme bonito
para se ver. As atrizes são lindas e os cenários deslumbrantes, tanto nas cenas
internas em museus, palácios, restaurantes, como também nas externas,
principalmente com planos gerais de Istambul e Praga, duas das cidades mais
bonitas da Europa. Tudo é muito chique também, os figurinos, os restaurantes e
hotéis de luxo etc. Mas o roteiro decepciona. Começa com uma pegada de filme
policial, com o roubo de várias peças de arte em museus e o início das
investigações pela Interpol. A partir daí descamba, infelizmente, para um
romance água com açúcar, que estraga qualquer boa intenção de se fazer um filme
inteligente. Alin (Esra Bilgiç) é a policial da Interpol que parte para caçar o
ladrão das obras de arte. Aí ela descobre que o ladrão é justamente seu
ex-namorado milionário, Güney (Birkan Sokullu). A moça fica em dúvida se prende
o sujeito ou se entrega à antiga paixão. Nesse meio tempo, surge em cena um poderoso
mafioso colecionador de arte, cujas obras atraem a atenção de Güney e o desafiam
a tentar mais um roubo. E por aí vai a história, chegando a um desfecho no
mínimo decepcionante, para não dizer risível. Como vivemos numa democracia
relativa, como afirmou o nosso notável presidente, fique à vontade para
assistir. Mas não diga que não avisei...
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