“EL
JUGADOR”,
2017, Argentina, 1h43m, marca a estreia de Dan Gueller como diretor e
roteirista em longa-metragem. Para criar a história, Gueller revelou que se
inspirou no romance “O Jogador”, escrito em 1867 pelo romancista russo Fiódor
Dostoiévski. O filme foi divulgado como uma comédia, embora as sequências de
humor sejam raras e sem muita graça. Alejandro Reynoso (Alejandro Awada)
trabalha como principal assessor do rico empresário Pascual Palma (Oscar
Alegre). Enviado para Mar Del Plata com o intuito de levar uma certa quantia em
dinheiro para Sergio (Pablo Rago), neto do velho. Segundo Sérgio disse ao avô
quando pediu a grana, ela serviria para investir num empreendimento na cidade
turística. Só que, na verdade, é para comprar cocaína e depois revendê-la para os
traficantes locais – uma parte, é claro, ficará para consumo próprio, do parceiro
Dani (Esteban Bigliardi) e da amante Belén (Guadalupe Docampo). Aí que começa
toda a confusão, primeiro porque Sérgio e os parceiros são completamente
inexperientes para negociar com traficantes. Segundo, porque surge inesperadamente
a irmã de Sérgio, Paulina Palma (Lali Gonzalez), que, para conseguir dinheiro
para viajar pelo mundo, pede que Alejandro vá ao cassino arriscar a sorte. Logo
Alejandro, um viciado crônico em jogos de azar. Para piorar a situação e
aumentar ainda mais a confusão, o próprio o avô Pascual, “El Abuelo”, que
aparece de surpresa para conferir “in loco” o que está acontecendo. Com exceção
do veterano Alejandro Awada, o resto do elenco é muito fraco, assim como o
filme inteiro. Enfim, “El Jugador” passa longe, muito longe (diria “a
anos-luz”) do verdadeiro e excelente cinema argentino que já nos presentou com
excelentes filmes. O estreante diretor Dan Gueller não precisava recorrer a Dostoiéviski para fazer esse verdadeiro abacaxi. Uma decepção.
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