“TRANSMITZVAH”, 2024,
Argentina, 1h42m, em cartaz na Netflix, direção de Daniel Burman (“Ninho Vazio”,
“O Décimo Homem”), que também assina o roteiro com Ariel Gurevich. Divulgado
como uma comédia, longe disso, “Transmitzvah” é um drama com muita música que tem
como pano de fundo a tradição judaica. Se tivesse partido para a comédia, o
filme certamente seria muito melhor e não tão decepcionante. Começa o filme e temos uma
família de judeus ortodoxos sentada para jantar e anunciar que o seu filho
Rubén (Milo Burgess-Webb), de 12 anos, participará em breve do seu Bar Mitzvah,
cerimônia de passagem para a vida adulta. Só que a passagem foi outra. Rubén
anunciou que dali em diante seria Mumy, ou seja, uma menina. E, portanto, sem
Bar Mitzvah. A história dá um salto de vinte anos e agora Mumy é a cantora
trans Mumy Singer (Penélope Guerrero, de “Sky Rojo”, “Nacho” e “Vestidas de
Azul”), que faz enorme sucesso pelo mundo afora cantando músicas pop em
iídiche, língua falada pelos judeus no mundo inteiro. Ao retornar à Argentina -
ela estava morando na Itália -, para
fazer shows e rever os pais e o irmão mais velho Eduardo (Juan Minujín,
de “Golpe Duplo” e “Dois Papas”), Mumy resolve procurar um rabino que
concorde em fazer o seu Bar Mitzvah. No fim, os irmãos viajam para a Espanha em busca de um guru - e aí o filme descamba realmente para o desastre. Recheado de números musicais e coreografias
com bailarinos – o que me fez lembrar dos filmes indianos que abusam daquelas
irritantes danças coletivas – e uma história um tanto mirabolante e pouco
convidativa, “Transmitzvah” se arrasta em ritmo lento, o que faz com que a
1h42m pareça muito mais. O consagrado diretor Daniel Borman desta vez pisou em la pelota.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
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