FÉ DE
ETARRAS (FE DE ETARRAS), 2017, Espanha, 1h29m, produção original Netflix, direção
de Borja Cobeaga, que também assina o roteiro com a colaboração de Diego San
José. Trata-se de uma sátira com humor mordaz - e inteligente - envolvendo
militantes do ETA (Euskadi Ta Askatasuna, em basco; em português, Patria Basca
e Liberdade), principal organização do Movimento de Libertação Nacional Basco.
Depois de uma tentativa frustrada de um atentado terrorista anos antes, Martín
(Javier Cámara) agora é encarregado de treinar uma equipe e aguardar a ordem de
seus superiores para concretizar uma ação. Estamos em 2010, e toda a história transcorre
durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol na África do Sul. Em um
apartamento alugado, Martín aguarda a chegada dos outros três militantes:
Pernando (Julián López), Álex (Gorka Otxoa) e Ainara (Miren Ibarguren). Enquanto
esperam a ordem, os quatro terão a oportunidade de discutir vários assuntos,
quase todos relacionados à luta do ETA, a situação política mundial e,
acreditem, receitas da culinária espanhola, isso tudo acompanhando pela TV os
jogos da copa do mundo, torcendo contra a Espanha – que no final seria a campeã.
Tentando viver discretamente no “esconderijo”, os quatro etarras (como são
chamados os militantes do ETA) abrirão a guarda para uma vizinha que lhes
oferece comida, um outro vizinho que quer fazer amizade e ainda um casal de
árabes. As situações vividas pelos quatro militantes trapalhões dão margem a sequências
hilariantes, além dos diálogos afiados. “Fé de Etarras” é aquele tipo de filme
que andava escondido na Netflix e que a gente tem o enorme prazer de descobrir.
Diversão garantida.
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