sexta-feira, 28 de agosto de 2020

 

“SECUESTRO”, 2016, Espanha, 1h45m, produção e distribuição Netflix (o título original foi mantido). A direção é de Mar Tagarona e roteiro de Oriol Paulo. Tudo começa quando um garoto é encontrado ferido numa estrada no meio do mato. Levado a um hospital e depois a uma delegacia, ele é identificado como Victor (Marc Domènech), de 10 anos, flho único da renomada advogada Patrícia de Lucas (Blanca Portillo). Victor é deficiente auditivo e, quando interrogado pelo detetive Ernesto (Antonio Dechent), responde por meio de sinais, traduzidos pela mãe. Segundo o menino, um homem o sequestrou na porta da escola e o prendeu num esconderijo distante da cidade. Ele afirma que conseguiu fugir devido a uma distração do sequestrador. A polícia pede a Victor que ajude na elaboração de um retrato falado do homem. Com a descrição, a polícia chega a um tal de Charlie (Andres Herrera), um fracassado que gasta todo dinheiro apostando em rinhas de cachorro. Todos os indícios realmente apontam para Charlie, mas não há provas contundentes de sua participação no sequestro. Dessa forma, a polícia o deixa em liberdade. A advogada não se conforma e pede que o ex-marido Raúl (José Coronado) e pai do menino providencie uma maneira de dar uma lição no suposto sequestrador. A partir daí, uma sequência de fatos inesperados e reviravoltas começam a acontecer, tornando o filme ainda mais envolvente e instigante. Não há dúvidas que o grande trunfo de “Secuestro” é o primoroso roteiro escrito por Oriol Paulo, que tem em seu currículo ótimos thrillers como “Um Contratempo”, “O Corpo” e “Os Olhos de Júlia”, só para citar alguns. Méritos também para a diretora Mar Targarona (“O Fotógrafo de Mauthausen”), que também é atriz, roteirista e produtora. Seu nome verdadeiro é Maria Del Mar Targarona Borrás. Enfim, “Secuestro” é um filme que prende a atenção do começo ao fim. Recomendo.   

 

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