quinta-feira, 1 de agosto de 2019


“ROCKETMAN”, 2019, Inglaterra, 2h1m, roteiro de Lee Hall e direção de Dexter Fletcher. Trata-se da cinebiografia do astro pop Elton John. Uma pérola rara do cinema, o filme do ano! Aposto todas as minhas fichas que “Rocketman” será o filme com mais indicações para a disputa do Oscar 2020. E uma delas já tem a estatueta na mão: a de Melhor Ator para o talentoso ator britânico Taron Egerton, 29 anos. Além de excelente ator e dançarino, ele é ótimo cantor – é ele quem canta as músicas de Elton. Mais do que uma cinebiografia, “Rocketman” é um filme extremamente musical, com muitas cenas de coreografias e uma trilha sonora da melhor qualidade. Tudo muito exuberante, colorido e extravagante, como Elton sempre foi desde o início de carreira. O filme apresenta Elton desde criança, quando ainda era Reginald Kenneth Dwight – o John surgiu em homenagem a John Lennon. Mostra como o garoto era um virtuose no piano. Tímido, era praticamente rejeitado pelo pai (Steven MacKintosh) e ganhava poucos carinhos da mãe (Bryce Dallas Howard), que pulava a cerca com índices olímpicos. Elton cresceu levando consigo o trauma da falta de carinho que nunca recebeu na infância. Até mesmo depois de todo o sucesso, ele jamais esqueceu o descaso dos pais. O filme relembra o grande momento da ascensão de Elton, não na Inglaterra, mas em Los Angeles, em 1970, quando começou a fazer shows no Clube Troubadour. Daí para a frente, só sucesso, milhões de discos vendidos, fama mundial e veneração pela mídia e críticos musicais. Elton, porém, teve o seu lado obscuro, álcool em excesso, drogas e amores tumultuados – o astro demorou para “sair do armário”, temendo danos para a sua imagem de roqueiro. O filme não esconde nada. Mais um gol de placa do diretor Dexter Fletcher, o mesmo que terminou de filmar “Bohemian Rapsody” depois da demissão do então diretor do filme Bryan Singer, acusado de assédio sexual. “Rocketman”, que estreou no 72º Festival Internacional de Cinema de Cannes, em maio de 2019,  tem uma energia vibrante, um filme espetacular. Repito: O FILME DO ANO!          

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