domingo, 28 de abril de 2019


“PRAÇA PÚBLICA” (“Place Publique”), 2018, França, 1h39m, quinto longa-metragem dirigido pela atriz, roteirista e cineasta Agnès Jaoui. Mais uma vez, ela contou com a colaboração, no roteiro e no elenco, do ator Jean-Pierre Bacri, com o qual foi casada até 2012. Como é do estilo de Jaoui, “Praça Pública” é uma comédia de costumes, gênero que é especialidade do cinema e do teatro franceses – lembrando que foi Moliére quem inventou o gênero. Em “Praça Pública”, toda a trama acontece durante a festa de inauguração da nova casa (open house) de Nathalie (Léa Drucker), uma bem-sucedida empresária do mundo artístico parisiense. A casa está situada nos arredores de Paris e Nathalie convida meio-mundo da nata artística parisiense, incluindo várias celebridades. O convidado mais badalado é Castro (Jean-Pierre Bacri), um famoso apresentador de TV, em torno do qual gravitam, além dos bajuladores habituais, sua ex-mulher Hélène (Agnès Jaoui), sua filha escritora Nina Meurisse) e sua atual namorada Vanessa (Helena Noguerra). Entre caçadores de autógrafos, tipos esquisitos e excêntricos, gente querendo aparecer, brigas de casais, um vizinho furioso e uma garçonete que, em vez de servir, fica fazendo selfies com as celebridades, o filme transcorre com muito humor até o final inusitado. Assim como foi inusitado o começo, com uma cantora francesa – não descobri qual, mas acho que foi Jacqueline François – cantando “Garota de Ipanema”. Se é ela mesmo, a gravação é de 1964. “Praça Pública” foi exibido na programação oficial do 20º Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em novembro de 2018. Resumo da ópera: trata-se de mais um bom filme de Agnès Jaoui. Uma comédia bem divertida e inteligente.    

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