terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O drama chinês “VOLTANDO PARA CASA” (“Gui Lai”) estreou no 67º Festival de Cannes, em maio de 2014, na sessão Fora de Competição, ganhando elogios da crítica e do público. Além da história de um amor comovente, o filme apresenta como trunfos adicionais a direção do mestre Zhang Yimou e a atuação soberba da atriz Gong Li. Ambientada durante os anos da Revolução Cultural de Mao-Tsé-Tung, a história é centrada em Feng Wanyu (Gong Li), cujo marido Lu Yanshi (Chen Daoming) está preso há anos num campo de trabalhos forçados. Com o fim da Revolução Cultural, Lu volta para casa, mas Feng não o reconhece. Ela sofreu uma espécie de bloqueio psicológico em virtude de uma queda. O filme segue até o seu final mostrando o empenho do marido e da filha Dandan (Zhang Huiwen) em fazer com que Feng o reconheça novamente. A dedicação de Lu a essa empreitada, que dura muitos anos, é uma verdadeira prova de amor, originando os momentos mais comoventes deste sensível filme chinês. Hoje aos 50 anos, Gong Li, que vi pela primeira vez no clássico “Lanternas Vermelhas”, de 1991, do mesmo Zhang Yimou, já não é tão bela como antigamente – ela chegou a ser eleita uma das 50 pessoas mais bonitas do planeta pela revista People Magazine -, mas continua uma atriz espetacular. Aproveito para recomendar outros filmes dirigidos por Zhang Yimou: “Tempo de Viver”, “O Caminho para Casa”, “Flores do Oriente” e “Nenhum a Menos”. E ainda, claro, “Lanternas Vermelhas”.         

 

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