domingo, 15 de novembro de 2015

Não fosse a presença de Meryl Streep e a excelente trilha sonora – rock da melhor qualidade – e “RICKI AND THE FLASH: DE VOLTA PRA CASA” (“Ricki and the Flash”), 2015, seria mais um drama familiar mediano. Mas Meryl inunda a tela com sua habitual competência e versatilidade, transformando o filme num bom programa. Ela interpreta Ricki Rendazzo, que há muitos anos abandonou o marido e os três filhos para seguir a carreira de roqueira. Teve algum sucesso, lançou até um disco, mas depois passou a tocar em barzinhos de segunda classe com a banda “The Flash”. Até que um dia seu ex-marido Pete Brummel (Kevin Kline) telefona pedindo ajuda por causa da filha Julie (Mamie Gummer, filha de Meryl na vida real), que entrou em depressão por ter sido abandonada pelo marido. Ao visitar a filha, Ricki também reencontrará seus dois outros filhos, e não será fácil para ela explicar por que ficou tantos anos sem vê-los. Num desabafo perante uma pequena plateia, Ricki diz que se fosse homem seria perdoado. Mas é uma roqueira mulher, e mãe, aí ninguém perdoa. “Mike Jagger teve sete filhos com mulheres diferentes e nunca está presente. Ele é homem, aí todo mundo perdoa", diz ela. O roteiro leva a assinatura de Diablo Cody (pseudônimo de Brook Busey), de “Juno” e “Garota Infernal”, entre outros. O diretor é Jonathan Demme (“O Silêncio dos Inocentes” e “Filadelfia”). A trilha sonora traz hits de Tom Petty e Bruce Springsteen, entre outros. Repare nas apresentações da banda “The Flash”. O baixista, Rick Rosas, morreu logo após as filmagens. O filme é dedicado a ele. 

Nenhum comentário: