quarta-feira, 15 de abril de 2015

Em 1995, a norte-americana Cheryl Strayed, então com 26 anos de idade, resolveu encarar uma aventura daquelas: percorrer a pé e sozinha a trilha conhecida como “Pacific Crest Trail”, ou seja, 1.100 milhas (4.200 km), da fronteira do México até o Canadá pela Cost a do Oceano Pacífico. Para contar a aventura, Cheryl escreveu o livro “A Jornada de uma Mulher em Busca do Recomeço”, que depois, em 2014, virou o filme “LIVRE” (“Wild”), com a atriz Reese Witherspoon como a jovem aventureira. Ao contrário de tantos malucos que encaram desafios perigosos para superar seus limites e virar celebridade, Cheryl tinha como objetivo expurgar alguns fatos do seu passado recente, como seu divórcio, a morte da mãe, Bobbi (Laura Dern), e, principalmente, se livrar do sexo promíscuo que praticava e do vício das drogas pesadas. Enfim, refletir sobre sua vida de fracassos e, quem sabe, dar a volta por cima. O filme, dirigido pelo canadense Jean-Marc Vallée, acompanha a trajetória da viagem de Cheryl, além de relembrar, em flashbacks, sua infância, o relacionamento com a mãe, o pai bêbado e violento e as orgias regadas a sexo e drogas. Witherspoon foi indicada ao Oscar como Melhor Atriz e Laura Dern como Melhor Atriz Coadjuvante, mas não ganharam. O filme é bastante reflexivo, o que justifica seu ritmo um tanto lento, mas é bem feito e merece ser visto, principalmente pelo fato de contar uma incrível história real, o que valoriza qualquer produção. 

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