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sábado, 17 de maio de 2025

“RESGATE IMPLACÁVEL” (“A WORKING MAN”), 2025, Estados Unidos, 1h56m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de David Ayer (“Esquadrão Suicida”, “Beekeeper”, “Infiltrado”), que também assina o roteiro com Sylvester Stallone. Isso mesmo, o velho Stallone. Trata-se da adaptação para o cinema de um dos livros escritos por Chuck Dixon. Como todo bom filme de ação, “Resgate Implacável” não economiza na pancadaria, nas perseguições e tiroteios, além de muito sangue jorrando, é claro. Levon Cade (o brucutu inglês Jason Statham), um ex-agente de operações secretas do exército dos EUA, agora trabalha numa empresa ligada à construção civil e é o homem de confiança dos donos (Michael Peña e Noemi González). Quando a filha adolescente do casal, Jenni (Arianna Rivas), desaparece misteriosamente, Cade entra em ação para investigar o que aconteceu, e chegará à conclusão de que a moça foi sequestrada por uma poderosa organização comandada pela temida máfia russa. Temida para nós e para a polícia da cidade – que não é nomeada, uma falha (Los Ângeles?) -, menos para Levon Cade, que não tem medo de cara feia. Ele vai irritar os russos, pois assassina um poderoso chefão e dois filhos de outro chefão, além de desafiar uma quadrilha local de traficantes. Até o desfecho, muita ação vai rolar, tornando “Resgate Implacável” um entretenimento de primeira no gênero. Também estão no elenco Eve Mauro, David Harbour, Jason Flemyng, Maximilian Osinski e Isla Gie. Filmaço!

sexta-feira, 16 de maio de 2025

 

“A AVALIAÇÃO” (“THE ASSESSMENT”), 2024, em cartaz na Prime Vídeo, coprodução Inglaterra/EUA/Alemanha, 1h54m, direção de Fleur Fortune, seguindo roteiro assinado por Dave Thomas, John Donnelly e Nell Garfath-Cox. Trata-se de uma ficção científica ambientada num futuro, aparentemente, bem distante. Devido à escassez de recursos naturais e a consequente falta de alimentos, o governo (não há menção a algum país) instituiu um programa de controle de natalidade, obrigando os casais a ingerir uma substância esterilizante a fim de controlar o crescimento populacional desorganizado. Nesse país do futuro, as crianças são geradas fora do útero com o material genético do casal. Para que isso aconteça é necessário que o casal candidato seja submetido a uma rigorosa avaliação psicológica para saber se são capazes de arcar com a responsabilidade da paternidade. Mia (Elizabeth Olsen) e Aaryan (Himesh Patel) formam o casal escolhido para o teste. Eles são enclausurados numa casa isolada à espera de Virgínia (Alicia Vikander), a avaliadora responsável por aprovar ou não a pretensão do casal. Na verdade, Mia e Aaryan são submetidos a um verdadeiro tormento psicológico durante uma semana até o resultado final. Também estão no elenco Minnie Driver, Nicholas Pinnock, Malaya Stern Takeda, Charlotte Ritchie, Benny Opoku-Arthur, Leah Harvey e Indira Varma. Este foi o primeiro longa-metragem dirigido pela cineasta francesa Fleur Fortune, mais conhecida como diretora de curtas e vídeos musicais. “A Avaliação” é um filme perturbador, pesado, repleto de situações no mínimo aberrantes. Os personagens parecem sofrer de deficiência mental. Tudo é muito maluco. Imagino até que os atores devem ter se esforçado para não rir em determinadas cenas. Resumo da ópera, um verdadeiro martírio para o espectador.    

terça-feira, 13 de maio de 2025

“CAOS E DESTRUIÇÃO” (“HAVOC”), 2025, coprodução Estados Unidos/Inglaterra/Irlanda do Norte, 1h47m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção do cineasta inglês Gareth Evans, considerado um mestre em filmes de ação desde que dirigiu o asiático “Operação Invasão”. Não sei se existe alguém que conta as balas atiradas durante um filme ou se algum programa de computador é capaz de fazer essa contagem. Uma coisa é certa: neste “Caos e Destruição”, a munição gasta daria para abastecer os exércitos de várias guerras, incluindo as duas mundiais. Exagero? Então assista. Teve um momento que eu tive vontade de me esconder atrás da poltrona para não levar um tiro. Vamos à história. Numa negociação de drogas, a situação sai do controle e o filho de uma chefona da máfia chinesa (Yeo Yann Yann) é assassinado e ela jura vingança. Só que o contexto é bastante complicado, pois envolve também policiais corruptos, uma gangue de assaltantes e capangas de um político também corrupto (Forest Witaker), cujo filho é acusado de ter assassinado o filho da chefona mafiosa. Em meio a toda essa confusão está o detetive Walker (o ator inglês Tom Hardy, de "Venom” e “Lendas do Crime”), que decide acabar com essa confusão do seu jeito, ou seja, na base da porrada, além de se comprometer a proteger o filho do político. Completam o elenco Luiz Gúzmán, Justin Cornwell, Jessie Mei Li e Timothy Olyphant. O ritmo alucinante do filme, que vai do começo ao desfecho, também destaca uma série de perseguições nas ruas e estradas, com cenas muito bem feitas e eletrizantes. Resumindo, “Caos e Destruição” é um filmaço no gênero ação, um dos melhores dos últimos anos. Imperdível.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

“BABYGIRL”, 2024, Estados Unidos, 1h54m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção da cineasta holandesa Halina Reijn (“Morte. Morte. Morte.”, “Instinto”). Aos 57 anos, a atriz australiana Nicole Kidman continua firme e forte trabalhando muito, tanto em séries como em filmes para o cinema.  No suspense erótico “Babygirl”, ela tem uma ótima atuação, comprovando mais uma vez sua competência como atriz de talento eclético. Suas cenas de sexo são bastante ousadas. Kidman interpreta a empresária Romy, uma bem sucedida CEO – detesto utilizar esse termo, ao qual atribuo uma afetação ridícula dos moderninhos – de uma empresa de alta tecnologia. Ela é casada com Jacob (Antonio Bandeiras), um diretor de teatro, tem duas filhas e vive, aparentemente, um casamento feliz. O problema é o sexo, pois ela não consegue chegar ao orgasmo com o marido, só conseguindo prazer total assistindo a vídeos pornôs. Quando chega à empresa um novo grupo de estagiários, Romy começa a se interessar por um deles, Samuel (Harris Dickinson), muitos anos mais jovem.  Aí vem uma situação que achei muito forçada, longe da realidade: o estagiário começa a assediar de forma abusiva a empresária. Em qualquer empresa ele seria demitido no ato - ou no caso, antes dele. O caso entre os dois se transforma num jogo sexual à base de dominação psicológica, como se ele estivesse amestrando uma cadela. Quando percebe que o relacionamento está indo longe demais, colocando em risco seu casamento e seu cargo, Romy tenta dar um basta, mas o estrago já havia sido feito e a situação só piora. Por sua primorosa e corajosa atuação, Nicole ganhou a Volpi Cup de Melhor Atriz no Festival de Veneza 2024. Mais uma razão para você assistir a este ótimo thriller erótico.