“AS LOUCURAS” (“LAS LOCURAS”), 2025,
México, 2h01m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção de Rodrigo García Saiz.
Alvíssaras! Rufem os tambores! Comemorem, cinéfilos do meu Brasil. Acaba de
chegar na Netflix um dos filmes mais interessantes, inteligentes e criativos
dos últimos anos. É o terceiro longa do jovem cineasta Rodrigo García Saiz - os outros dois foram "Lluvia" e "Morro" -, mais
conhecido como diretor de curtas. “As Loucuras” é uma pérola do cinema mexicano,
com um elenco de muito respeito, principalmente atrizes do mais alto gabarito,
um primoroso roteiro e pitadas de humor tratadas com muita inteligência. São seis histórias envolvendo
mulheres, cada qual à sua maneira, atingidas por uma intensidade emocional de um colapso nervoso. Em quase todas, com exceção da segunda, os eventos estão
relacionados com Renata (Cassandra Ciangherotti), uma jovem problemática que cumpre
prisão domiciliar depois de promover uma grande confusão num supermercado.
Diagnosticada com transtorno bipolar no mais alto grau, ela vive dando um trabalho
danado ao pai e à madrasta. Na segunda história, uma veterinária tem um ataque
de nervos depois de praticar eutanásia numa cadela que tem seu nome: Penélope. Nas
demais, Renata aparece também como protagonista, mas não a principal, inclusive naquela em que
sua psiquiatra participa de um almoço em família que acaba na maior confusão. Enfim,
cada história reserva uma situação diferente das demais, com muito humor e
histerismo feminino. Além de Cassandra Ciangherotti, que dá um show como a
desequilibrada Renata, estão no ótimo elenco Naian González Norind, Adriana
Barraza, Fernando Cattori, Raúl Briones, Fernanda Castillo, Natalia Solian,
Ilse Salas e Natalia Plascencia, além do veterano ator chileno Alfredo Castro, o único não mexicano do elenco. Resumindo,
“As Loucuras” é um filme agradável que trata com muita eficiência as
fragilidades humanas que atingem mulheres à beira de um ataque de nervos. IMPERDÍVEL, com letras maiúsculas.
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