“MARIA CALLAS” (“MARIA”), 2024, em cartaz na Prime Vídeo, coprodução Estados Unidos/Alemanha/Chile/Itália, 2h3m, direção do cineasta chileno Pablo Larraín, seguindo roteiro assinado por Steven Knight. Larraín já havia dirigido outras cinebiografias de mulheres importantes, “Jackie”, de 2016, sobre Jacqueline Kennedy Onassis, e “Spencer”, de 2021, sobre Diana, princesa de Gales. “Maria Callas” revê os últimos dias da soprano Maria Callas (1923-1977), nascida na Grécia como Maria Anna Cecilia Sofia Kalogerópulos. Desde o início dos anos 70, Callas (Angelina Jolie), que já havia parado de cantar, vive reclusa numa mansão em Paris tendo apenas a companhia de seu mordomo Ferruccio (Pierfrancesco Favino) e sua governante Bruna (Alba Rohrwacher), além de dois cachorros. Viciada em remédios, ela pouco se alimenta e costuma ter alucinações, algumas delas responsáveis pelos melhores momentos do filme. Callas vive deprimida, não gosta de ouvir os seus discos e jamais perdeu a arrogância, tratando todos como cidadãos de segunda classe. Coisas de diva. O filme destaca também alguns fatos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial quando Callas ainda adolescente juntamente com a irmã cantam para oficiais nazistas. Callas jovem é interpretada por Angelina Papadopoulou. “Maria Callas” também relembra como o empresário grego Aristóteles Onassis (Haluk Gilginer) consegue seduzí-la, a conversa que ela teve "face to face" com o então presidente norte-americano John Kennedy e suas tentativas fracassadas de voltar a cantar. A atriz Angelina Jolie dá conta do recado, embora bonita demais para interpretar a feiosa Callas. Completam o elenco Valeria Golina (Yakinthi Callas, irmã de Maria), Haluk Bilginer (Aristóteles Onassis), Caspar Phillipson (John F. Kennedy), Stephen Ashfield (o pianista Jeffrey Tate) e Suzie Kennedy (Marilyn Monroe). A famosa soprano já havia sido tema de uma cinebiografia sob a direção de Franco Zeffirelli em 2002 (“Callas Forever”), com Fanny Ardant no papel principal. Em 2014, no filme “Grace de Mônaco”, foi a vez da atriz espanhola Paz Veja interpretar Callas. Acho que só, fora os inúmeros documentários sobre as apresentações da cantora nos principais teatros do mundo. Após o desfecho, antes e durante os créditos finais são exibidos vídeos com a verdadeira Callas. Aproveito para registrar minha grande admiração pelo trabalho do cineasta chileno Pablo Larraín, principalmente porque assisti vários de seus filmes, alguns deles excelentes, tais como “No”, “Neruda”, “Spencer, “O Clube” e “O Conde”, este último uma pequena obra-prima, todos eles comentados neste blog. No caso de "Maria Callas", aproveito para elogiar a ótima recriação de época, graças a uma primorosa direção de arte, sem contar, é claro, com a maravilhosa trilha sonora. Filmaço imperdível!
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