“O REFORMATÓRIO NICKEL” (“NICKEL
BOYS”), 2024, Estados Unidos, 2h20m, em cartaz na Prime Vídeo,
roteiro e direção de Ramell Ross. A história é baseada no livro “The Nickel
Boys”, escrito por Colson Whitehead, lançado em 2019 e premiado com o Pulitzer.
Indicado ao Oscar 2025 em duas categorias, Melhor Filme e Melhor Roteiro
Adaptado, o filme não é muito fácil de digerir, principalmente pela forma com
que o cineasta resolveu adotar para filmar a história. Segundo o material de
divulgação, o romance foi inspirado em fatos reais ocorridos nos anos 60 do
século passado no Dozier School for Boys, localizado na Flórida. Não sei se o
diretor Ramell Ross teve um surto de criatividade psicodélica ou resolveu
incorporar o estilo maluco do intragável cineasta Terrence Malick, outro autor
de filmes sem pé nem cabeça. De forma surreal, com enquadramentos esquisitos,
personagens que dialogam com a câmera e reprodução de fotos e vídeos da época,
o filme coloca em discussão temas como o racismo e a violência que imperavam
nos Estados Unidos naquela década efervescente. Os personagens principais da história
são os adolescentes Elwood (Ethan Herisse) e Turner (Brandon Wilson), que ficam
amigos e confidentes no reformatório. Se o diretor Ramell Ross tivesse o bom
senso de contar a história de forma normal, o filme certamente seria bem melhor
de assistir. Mas ele preferiu arriscar em uma maneira de filmar totalmente
foram dos padrões, pensando que é um gênio. No meu entender, fracassou redondamente,
pois o filme é muito chato, arrastado, insuportável. Alguns críticos
profissionais afetados elogiaram, mas nem suas indicações ao Oscar foram
capazes de me sensibilizar. Uma coisa é certa: é preciso muita paciência para
chegar até o final.
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