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quinta-feira, 6 de março de 2025

“O REFORMATÓRIO NICKEL” (“NICKEL BOYS”), 2024, Estados Unidos, 2h20m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Ramell Ross. A história é baseada no livro “The Nickel Boys”, escrito por Colson Whitehead, lançado em 2019 e premiado com o Pulitzer. Indicado ao Oscar 2025 em duas categorias, Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado, o filme não é muito fácil de digerir, principalmente pela forma com que o cineasta resolveu adotar para filmar a história. Segundo o material de divulgação, o romance foi inspirado em fatos reais ocorridos nos anos 60 do século passado no Dozier School for Boys, localizado na Flórida. Não sei se o diretor Ramell Ross teve um surto de criatividade psicodélica ou resolveu incorporar o estilo maluco do intragável cineasta Terrence Malick, outro autor de filmes sem pé nem cabeça. De forma surreal, com enquadramentos esquisitos, personagens que dialogam com a câmera e reprodução de fotos e vídeos da época, o filme coloca em discussão temas como o racismo e a violência que imperavam nos Estados Unidos naquela década efervescente. Os personagens principais da história são os adolescentes Elwood (Ethan Herisse) e Turner (Brandon Wilson), que ficam amigos e confidentes no reformatório. Se o diretor Ramell Ross tivesse o bom senso de contar a história de forma normal, o filme certamente seria bem melhor de assistir. Mas ele preferiu arriscar em uma maneira de filmar totalmente foram dos padrões, pensando que é um gênio. No meu entender, fracassou redondamente, pois o filme é muito chato, arrastado, insuportável. Alguns críticos profissionais afetados elogiaram, mas nem suas indicações ao Oscar foram capazes de me sensibilizar. Uma coisa é certa: é preciso muita paciência para chegar até o final.         

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