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domingo, 23 de fevereiro de 2025

“PISCINA INFINITA” (“INFINITY POOL”), 2023, coprodução Canadá/Hungria/França, 1h58m, em cartaz na Netflix, roteiro e direção de Brandon Cronenberg (filho do renomado e polêmico cineasta canadense David Cronenberg). Alerto de cara, trata-se de um filme de terror maluco, indigesto, sem pé e cabeça, tronco e membros. Um casal viaja de férias para uma ilha (fictícia) chamada La Tolqa. Ele é James Foster (Alexander Skarsgard), um escritor em crise de criatividade com apenas um livro publicado. Ela é Ern Foster (Cleopatra Coleman), de família rica e, aparentemente, a fonte de dinheiro que sustenta o casal. Eles se hospedam num resort e conhecem outro casal, Gabi Bauer (Mia Goth) e Alban Bauer (Jalil Lespert). Segundo as regras estabelecidas pelo governo da ilha, os turistas hospedados no resort não podem sair de suas imediações. Os dois casais, porém, alugam um carro e resolvem sair escondidos para conhecer melhor os lugares naturais da ilha. Na volta, à noite, o veículo atropela um homem na estrada. Como Foster é quem dirigia, ele é preso e condenado à morte, a não ser que pague para que seja criado um clone para morrer no seu lugar. Aí começa toda a loucura na telinha, todo mundo cheirando a fumaça de uma erva alucinógena. O diretor deve ter cheirado também, pois o filme se transforma num caleidoscópio psicodélico, com imagens de entortar os olhos. Ou seja, nada compreensíveis. Como curiosidade, descobri que as filmagens foram realizadas no resort Amadria Park, em Sibenik, Croácia, e em locações da Hungria. Para resumir o que é esse filme separei dois comentários de críticos profissionais. Michael O’Sullivan, do The Washington Post: “Um enredo de revirar os olhos. Brandon, o diretor, herdou alguns dos piores excessos do pai: violência fetichista e sexualização gratuita”. David Rooney, do The Hollywood Reporter: “Filme carece de substância e tem enredo bobo, superficial, frio e úmido”. Modestamente, como cinéfilo amador, também resolvi colocar minha colher nesse angu: “O filme é ridículo, realizado única e exclusivamente para causar polêmica. Enfim, um filme totalmente dispensável”.             

 

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