“OH
LUCY!”, 2017, Japão/EUA, 1h35m, primeiro longa-metragem escrito e
dirigido pela cineasta japonesa Atsuko Hirayanagi, mais conhecida como diretora
de curtas. “Oh Lucy”, aliás, é uma adaptação de um curta dirigido pela própria Atsuko em
2014. Trata-se de um misto de comédia e drama. A primeira parte é uma ótima
comédia, com alguns momentos até tocantes. A segunda parte da história parte
para uma situação dramática, com um suspense que lembra o clássico “Atração
Fatal”. Setsuko Kawashima (Shimobu Terajima) é uma mulher solitária que
trabalha num escritório cuja rotina é das mais maçantes. Anônima na multidão – como
dá a entender a cena inicial, com os japoneses vestindo máscaras contra a poluição
de Tóquio -, Setsuko é o retrato da solidão e da infelicidade. Até que um dia
resolve ingressar numa aula de inglês. O professor é John (o galã
norte-americano Josh Hartnett), que adota métodos não muito convencionais para
ensinar inglês. Uma das estratégias para aproximar professor e alunos é dar um
longo abraço. Algum tempo depois, John sai de Tóquio e volta para Los Angeles,
só que acompanhado da namorada Mika (Shioli Kutsuna), justamente a sobrinha de Setsuko,
filha de sua irmã Ayako (Kaho Minami). Com o objetivo de saber como Mika está
vivendo em outro país, Setsuko convence a irmã a viajar para Los Angeles. Aqui,
Setsuko deixará claro quais são as suas verdadeiras intenções. O filme é todo da
ótima atriz Shinobu Terajima, que arrasa no papel da mulher carente e tímida que
se transforma numa espécie de ninfomaníaca apaixonada. “Oh Lucy!” estreou na
programação oficial da Semaine de La Critique do Festival de Cannes 2017,
recebendo entusiasmados elogios. Recomendo!
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