“MEMÓRIAS
DA DOR” (“LA DOULEUR”), 2017, França, 2h06m, escrito e dirigido
por Emmanuel Finkiel. Selecionado para representar a França no Oscar 2019 de
Melhor Filme Estrangeiro, trata-se de um drama biográfico baseado nas memórias
da escritora Marguerite Duras descritas no romance “La Douleur”. Marguerite
Duras, vivida pela excelente atriz Mélanie Thierry, revive o episódio ocorrido em
plena Segunda Guerra Mundial, quando seu marido, o também escritor Robert
Antelme (Emmanuel Bourdieu) é preso pelos nazistas e enviado a um campo de
concentração – tanto ele quanto Marguerite pertenciam à Resistência. Para
descobrir o paradeiro do marido e saber se ainda está vivo ou morto, Marguerite
forja uma amizade com o oficial da Gestapo Pierre Rabier (Benoît Magimel),
admirador da então jovem escritora. A angustiante espera por notícias do marido,
preso desde o início de 1944, quando a França ainda era ocupada pelos alemães,
até 1945, depois do fim do conflito, é relatada por Marguerite num contexto de
sofrimento e desesperança. O filme é excelente, graças à história em si, à
primorosa ambientação de época e, principalmente, à magistral atuação de Mélanie
Thierry, uma das melhores atrizes francesas da nova geração. Um detalhe
interessante é a semelhança cada mais evidente entre o também excelente ator Benoît Magimel e o veterano Gerard Depardieu, incluindo a volumosa pança. Exibido por aqui na programação
oficial do 20º Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em novembro
de 2018, “Memórias da Dor” é um filmaço, cinema da melhor qualidade.
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