“STEFAN
ZWEIG – ADEUS, EUROPA” (“Stefan Zweig – Farewell to Europe”), 2016, coprodução Áustria/Alemanha, roteiro
e direção de Maria Schrader. Trata-se de um drama biográfico enfocando os
últimos seis anos do escritor, romancista, poeta, jornalista, dramaturgo e
biógrafo austríaco Stefan Zweig. Em 1936, perseguido pelo nazismo, Zweig (Josef
Hader) resolve fugir com a esposa Lotte (Aenne Scwarz) para a América do Sul.
Já muito famoso no mundo inteiro como um dos principais escritores do Século
XX, Zweig é tratado como uma grande personalidade, sendo convidado para proferir
palestras em cidades como Rio de Janeiro, Buenos Aires e Nova Iorque. Ele se
estabelece em Petrópolis (Rio de Janeiro) e lá escreve “Brasil, País do Futuro”, lançado em
1941. No ano seguinte, deprimido com a situação da guerra na Europa, ele se
suicida juntamente com a esposa. O filme deixa muito a desejar com relação à
obra do escritor. Não é mencionado nenhum dos livros que escreveu, principalmente
importantes biografias de gente como, por exemplo, Dostoievski, Tolstoi, Dickens,
Stendhal, Maria Antonieta, Nietzsche, Balzac etc. Também pouco se fala sobre sua
vida anterior, na Áustria. De qualquer forma, o filme é, sem dúvida, bastante
interessante. Destaco com uma das cenas de maior impacto aquela em que Zweig
participa de um congresso de escritores em Buenos Aires, durante o qual são
citados, nome por nome, os intelectuais banidos pelo regime nazista, então presos ou exilados.
De emocionar. Fora isso, vale citar o excelente trabalho do ator austríaco
Josef Hader na pele do escritor. Um show de interpretação. A quem possa
interessar, existe uma biografia bem legal sobre Zweig – “Morte no Paraíso”, de
1981 -, escrita pelo recentemente falecido jornalista Alberto Dines - a diretora Maria Schrader o leu para escrever o roteiro. Eu também li e
recomendo, assim como o filme.
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