Páginas

segunda-feira, 4 de junho de 2018


“STEFAN ZWEIG – ADEUS, EUROPA” (“Stefan Zweig – Farewell to Europe”), 2016, coprodução Áustria/Alemanha, roteiro e direção de Maria Schrader. Trata-se de um drama biográfico enfocando os últimos seis anos do escritor, romancista, poeta, jornalista, dramaturgo e biógrafo austríaco Stefan Zweig. Em 1936, perseguido pelo nazismo, Zweig (Josef Hader) resolve fugir com a esposa Lotte (Aenne Scwarz) para a América do Sul. Já muito famoso no mundo inteiro como um dos principais escritores do Século XX, Zweig é tratado como uma grande personalidade, sendo convidado para proferir palestras em cidades como Rio de Janeiro, Buenos Aires e Nova Iorque. Ele se estabelece em Petrópolis (Rio de Janeiro) e lá escreve “Brasil, País do Futuro”, lançado em 1941. No ano seguinte, deprimido com a situação da guerra na Europa, ele se suicida juntamente com a esposa. O filme deixa muito a desejar com relação à obra do escritor. Não é mencionado nenhum dos livros que escreveu, principalmente importantes biografias de gente como, por exemplo, Dostoievski, Tolstoi, Dickens, Stendhal, Maria Antonieta, Nietzsche, Balzac etc. Também pouco se fala sobre sua vida anterior, na Áustria. De qualquer forma, o filme é, sem dúvida, bastante interessante. Destaco com uma das cenas de maior impacto aquela em que Zweig participa de um congresso de escritores em Buenos Aires, durante o qual são citados, nome por nome, os intelectuais banidos pelo regime nazista, então presos ou exilados. De emocionar. Fora isso, vale citar o excelente trabalho do ator austríaco Josef Hader na pele do escritor. Um show de interpretação. A quem possa interessar, existe uma biografia bem legal sobre Zweig – “Morte no Paraíso”, de 1981 -, escrita pelo recentemente falecido jornalista Alberto Dines - a diretora Maria Schrader o leu para escrever o roteiro. Eu também li e recomendo, assim como o filme.             

Nenhum comentário:

Postar um comentário