“CORAÇÃO DELATOR” (“CORAZÓN
DELATOR”), 2025, Argentina, 1h29m, em cartaz na Netflix, roteiro e
direção de Marcos Carnevale. Trata-se de um drama romântico leve, sensível e muito
agradável de assistir. Conta uma história simples sem pretensão de chegar a um
filme cult. Juan Manuel (Benjamín Vicuña) é proprietário de uma grande
empresa da construção civil em Buenos Aires. Solteiro, vive num casarão às
vezes visitado por uma namorada de ocasião. Tudo vai às mil maravilhas até que
um dia ele sofre um infarto. Ele precisa de um transplante de coração. O doador
acaba sendo um trabalhador humilde residente na periferia da capital argentina,
casado e pai de um menino. A cirurgia é um sucesso e Juan Manuel se recupera
rapidamente. Como acontece na maioria desses casos, o receptor do órgão quer
saber quem é o doador. Mal sabe ele que o bairro onde o doador morava é alvo de
desapropriação por parte de sua empresa. Fingindo ser primo do padre da
paróquia, Juan vai ao bairro e conhece a viúva do seu doador, Valeria (Julieta
Díaz). Mais do que previsível, os dois se apaixonam. Ao interagir com o pessoal
do bairro, Juan começa a rever os seus conceitos. O maior trunfo do filme é a
química entre o casal protagonista. Benjamín Vicuña é um ator simpático que já
mostrou seu talento principalmente no recente “O Silêncio de Marcos Tremmer”,
outro ótimo filme argentino. A atriz Julieta Díaz é conhecida pelas comédias “Coração
de Leão – O Amor não tem Tamanho” e “2 mais 2”. O cineasta Marcos Carnevale
comprova mais uma vez o seu talento, tendo em seu currículo pequenas obras-primas
do cinema argentino, como “Elsa & Fred”, “Inseparáveis” e “Coração de Leão”,
quando também dirigiu Julieta Diaz. Trocando em miúdos, “Coração Delator” é um filme
que toca o coração, emociona e diverte.
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