Páginas

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

“PRISCILLA”, 2023, Estados Unidos, 1h53m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Sofia Coppola. Ao contrário da cinebiografia “Elvis”, de 2022, onde o rei do rock é o personagem principal, em “Priscilla” o foco central é a ex-mulher do astro. O roteiro foi inspirado no livro “Elvis and Me”, escrito pela própria Priscilla em 1985. A história começa em 1958, quando Elvis, já famoso aos 24 anos, servia como soldado numa base militar norte-americana na Alemanha. Aqui ele conhece a adolescente de 14 anos Priscilla Ann Beaulieu, cujo padrasto era oficial do exército dos EUA. Priscilla se apaixonou pelo astro e este por ela. Entre idas e vindas, eles se casaram em 1962 e ficaram juntos durante 10 anos. A relação tumultuada é vista sob a ótica de Priscilla, que sofreu um bocado nas mãos de Elvis. O filme mostra as desavenças do casal, a solidão de Priscilla na mansão Graceland enquanto Elvis saía em turnês ou participava de filmes, as fofocas nos jornais sobre os supostos romances de Elvis com Ursula Andress, Ann-Margareth e Nancy Sinatra, entre outras, o vício do marido em remédios e em livros esotéricos, além da submissão às ordens do astro, que inclusive exigia as roupas que ela deveria usar, a maquiagem e o cabelo. Estão no elenco Caille Spaeny como Priscilla, Jacob Elordi como Elvis, a atriz polonesa Dagmara Dominczyk como Anna Beaulieu, mãe de Priscilla, Ari Cohen como o pai e Tim Post como o pai de Elvis. O filme teve sua primeira exibição em setembro de 2023 no Festival de Veneza, com sucesso de público e crítica. Aos 53 anos, Sofia, filha do também diretor Francis Ford Coppola, firma-se cada vez mais como uma cineasta de respeito, responsável por outros bons filmes como “As Virgens Suicidas”, “Encontros e Desencontros”, “O Poderoso Chefão III”, “O estranho que nós Amamos” e “Maria Antonieta”, entre outros. Sofia foi a primeira mulher a ganhar o “Leão de Ouro” no Festival de Veneza, em 2010, por “Somewhere”. Também foi a terceira mulher indicada para o Oscar de Melhor Diretor”. Com relação a “Priscilla”, Sofia também fez um excelente trabalho. Nem mesmo a altura exagerada do ator Jacob Elordi e o tipo mignon da atriz Caille Spaeny, que evidenciam um enorme contraste, prejudicaram o resultado final. Vale a pena conhecer a história sob o ponto de vista da ex-mulher do astro.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário