“PRISCILLA”, 2023, Estados
Unidos, 1h53m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção de Sofia Coppola. Ao
contrário da cinebiografia “Elvis”, de 2022, onde o rei do rock é o personagem
principal, em “Priscilla” o foco central é a ex-mulher do astro. O roteiro foi
inspirado no livro “Elvis and Me”, escrito pela própria Priscilla em 1985. A
história começa em 1958, quando Elvis, já famoso aos 24 anos, servia como soldado
numa base militar norte-americana na Alemanha. Aqui ele conhece a adolescente
de 14 anos Priscilla Ann Beaulieu, cujo padrasto era oficial do exército dos
EUA. Priscilla se apaixonou pelo astro e este por ela. Entre idas e vindas,
eles se casaram em 1962 e ficaram juntos durante 10 anos. A relação tumultuada é
vista sob a ótica de Priscilla, que sofreu um bocado nas mãos de Elvis. O filme
mostra as desavenças do casal, a solidão de Priscilla na mansão Graceland
enquanto Elvis saía em turnês ou participava de filmes, as fofocas nos jornais
sobre os supostos romances de Elvis com Ursula Andress, Ann-Margareth e Nancy
Sinatra, entre outras, o vício do marido em remédios e em livros esotéricos, além da submissão às ordens do
astro, que inclusive exigia as roupas que ela deveria usar, a maquiagem e o cabelo.
Estão no elenco Caille Spaeny como Priscilla, Jacob Elordi como Elvis, a atriz
polonesa Dagmara Dominczyk como Anna Beaulieu, mãe de Priscilla, Ari Cohen como
o pai e Tim Post como o pai de Elvis. O filme teve sua primeira exibição em
setembro de 2023 no Festival de Veneza, com sucesso de público e crítica. Aos 53 anos, Sofia, filha do também diretor Francis Ford Coppola, firma-se cada vez mais
como uma cineasta de respeito, responsável por outros bons filmes como “As
Virgens Suicidas”, “Encontros e Desencontros”, “O Poderoso Chefão III”, “O
estranho que nós Amamos” e “Maria Antonieta”, entre outros. Sofia foi a
primeira mulher a ganhar o “Leão de Ouro” no Festival de Veneza, em 2010, por “Somewhere”.
Também foi a terceira mulher indicada para o Oscar de Melhor Diretor”. Com
relação a “Priscilla”, Sofia também fez um excelente trabalho. Nem mesmo a
altura exagerada do ator Jacob Elordi e o tipo mignon da atriz Caille Spaeny,
que evidenciam um enorme contraste, prejudicaram o resultado final. Vale a pena
conhecer a história sob o ponto de vista da ex-mulher do astro.
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