Páginas

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

“HIGH LIFE”, 2018, França, 1h53m, direção de Claire Denis, que também assina o roteiro ao lado de Jean-Pol Fargeau e Geoff Cox. A estreia do filme, o primeiro da veterana diretora francesa falado em inglês, aconteceu em setembro de 2018 durante o Festival de Cinema de Toronto (Canadá) e, de cara, causou grande polêmica entre os críticos especializados e o público, uns contra outros a favor. A história (totalmente ambientada numa nave): um grupo de criminosos é “recrutado” do corredor da morte e enviado numa nave para o espaço em direção do Buraco Negro mais próximo do Sistema Solar. Sua missão: descobrir novas energias alternativas. Eles não sabiam, mas desconfiavam, que a passagem era só de ida. Dois personagens se destacam na história: a médica Dibs (Juliette Binoche), e Monte (Robert Pattinson). Dibs cuida da saúde do pessoal, além de fazer experiências reprodutivas. Ela é movida a sexo, enfim, uma ninfomaníaca. Monte é pai de um bebê provavelmente fruto das experiências de Dibs. A mãe não é revelada, a não ser que seja um bebê de proveta. Todos os ocupantes da nave apresentam comportamentos estranhos e perigosos, o que aumenta o suspense em relação ao que acontecerá na próxima cena. Confesso que no início do filme fiquei incomodado com o estilo adotado pela veterana diretora francesa, lembrando muito os filmes do abominável e insuportável diretor norte-americano Terrence Malick. Ou seja, textos em off, legendados, filosofando a respeito da vida, dos seres humanos e suas atitudes, cenas longas e uma lentidão quase sonífera. Apesar disso, é um filme bastante interessante, que tem como principal trunfo as excelentes performances de Juliette Binoche e Robert Pattinson. Assisti a vários filmes de Claire Denis, entre os quais recomendo “Minha Terra, África” (2009), “Deixe a Luz do Sol Entrar” (2018), também com Binoche, “Bom Trabalho” (1999) e "25 Doses de Run" (2008).        

Nenhum comentário:

Postar um comentário