“A
MELODIA” (“La Mélodie”), 2017, França, 1h42m, direção de Rachid Hami,
que também assina o roteiro em conjunto com Guy Laurent e Valerie Zenatti. É o
segundo longa-metragem dirigido por Hami (o primeiro foi “Choisir D’Aimer, de
2008). Vamos à história de “A Melodia”. O violinista profissional Simon Daoud
(Kad Merad), integrante de um conceituado quarteto clássico de câmara, aceita o
desafio de ensinar crianças de uma escola municipal a tocar violino. Os alunos
são todos filhos de imigrantes, a maioria pobres – o diretor Rachid Hami é argelino.
Aos poucos, Daoud consegue “domar” os mais revoltados, e até descobrir, entre
eles, um talento nato. Trata-se de Arnold (Alfred Renely), que cai nas graças
do professor por sua dedicação nos estudos de violino – para não incomodar os
vizinhos, ele treina no telhado do prédio onde mora. O objetivo ousado do treinamento
de Daoud é levar os seus alunos para tocar no concerto de final de ano com a
Filarmônica de Paris. O filme foi inspirado no Projeto Démos, iniciativa
patrocinada pela Filarmônica de Paris. Todos os alunos do filme, na faixa entre
12 e 13 anos, são atores amadores e foram selecionados em escolas municipais parisienses.
O filme nos reserva momentos de grande sensibilidade e comoventes. Já me
emocionei numa das cenas iniciais, quando o professor Daoud toca para seus
alunos o Concerto para Violino de Tchaikovsky, uma das peças mais bonitas da
música clássica e trilha sonora do maravilhoso filme “Le Concert”, de 2009. “A
Melodia” é um filme indicado para quem gosta de música clássica e se emociona
com a participação de crianças. E também para o público em geral, pois é bastante emocionante.
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