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sábado, 20 de outubro de 2018


“ESCOBAR – A TRAIÇÃO” (“LOVING ESCOBAR”), 2018, Espanha, roteiro e direção de Fernando León de Aranoa (“Segunda-Feira ao Sol”). Baseado no livro “Amando a Pablo, Odiando a Escobar”, da jornalista colombiana Virginia Vallejo, este talvez seja o melhor filme sobre a trajetória e personalidade, ascensão e queda de Pablo Escobar, que durante a década de 80, como líder do Cartel de Medellín, foi o traficante de drogas mais importante da Colômbia, responsável por alimentar de cocaína, durante quase uma década, o mercado dos Estados Unidos. Em 1981, a jornalista Virginia Vallejo (Penélope Cruz), apresentadora de grande popularidade da TV colombiana, teve um caso com o famoso traficante (Javier Bardem), que na época era casado com Maria Victoria (Julieth Restrepo). Humilhada pelo amante e correndo risco de vida por causa dessa relação, Virgínia decide colaborar com a DEA (agência anti-drogas do governo norte-americano), entregando os segredos mais escabrosos do traficante. Em 1982, quando o governo dos EUA (Ronald Reagan) decidiu fazer um acordo com o governo colombiano para a prisão e extradição de Escobar, o traficante resolveu se candidatar a deputado federal para barrar o projeto norte-americano. Venceu as eleições e continuou a traficar, até ser morto em 1993, aos 44 anos. O filme é bastante esclarecedor quanto a personalidade de Escobar, que um dia diz ao filho: “Se não te respeitam, façam com que o temam”. A frase representa exatamente a filosofia do traficante colombiano, para quem a lealdade era ponto de honra. Um ótimo desempenho de Javier Bardem no papel de Escobar, mas achei que Penélope Cruz, mulher de Bardem na vida real, exagerou na sua interpretação da apresentadora colombiana. De qualquer forma, na minha opinião é um ótimo e definitivo filme sobre o famoso traficante colombiano.      

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