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quarta-feira, 7 de março de 2018


Selecionado para representar o Nepal na disputa do Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, “SOL BRANCO” (“SETO SURYA”, título original, e nos países de língua inglesa “White Sun”), é o segundo longa-metragem escrito e dirigido pelo nepalês Deepak Rauniyar – o primeiro foi Higway, de 2012. A história é ambientada num pequeno vilarejo montanhoso cuja população continua arraigada às tradições milenares do Tibete. Um de seus antigos moradores, Chandra (Dayahang Rai), chega à aldeia depois de lutar ao lado dos rebeldes maoístas – apoiados pela China, claro – contra o governo monárquico (a guerra civil se estendeu por 10 anos, de 1996 até 2006, ocasionando a morte de 12.700 pessoas). Chandra voltou para participar do enterro do pai. Ao chegar, Chandra passou a discutir com o irmão Suraj (Rabindra Singh Baniya) por motivos políticos e também por disputarem a mesma mulher. Pela tradição, o corpo do pai tem de ser levado pelos filhos, mas Suraj se recusa a fazê-lo com o irmão maoísta. Está criado o impasse, envolvendo ainda as lideranças do vilarejo e até mesmo as crianças. Apesar do contexto dramático, a situação acaba gerando um certo humor negro, o que torna essa produção do Nepal, de curta duração (89 minutos), um entretenimento dos mais agradáveis. Um dos trunfos do diretor Rauniyar foi a utilização de atores amadores, o que tornou a história mais realista.                   

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