DVDdicas - CINEMA COMENTADO.
A ideia do Blog surgiu das minhas dicas de filmes aos amigos do Facebook, o que faço desde 2011.
Minha proposta é sugerir - ou contraindicar - filmes, em sua grande maioria que saem direto em DVD e que não tiveram exibição em circuito comercial.
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sábado, 19 de novembro de 2016
“DESAFIANDO A ARTE” (“The Family Fang”), 2015,
EUA, segundo longa-metragem dirigido pelo ator Jason Bateman (o primeiro foi “Palavrões”,
em 2013). O roteiro foi escrito por David Lindsay-Abaire, baseado no romance “The
Family Fang”, de Kevin Wilson. A história é um tanto mirabolante e
estapafúrdia. Desde crianças, Annie e Baxter eram obrigados pelos excêntricos pais
Caleb e Camille a participar de performances públicas tipo pegadinhas para surpreender
e chocar quem estivesse por perto. Por exemplo, o menino ameaça assaltar um
banco com uma arma de verdade, aparece um policial (o pai) para tentar
desarmá-lo, a arma dispara e atinge uma mulher (a mãe), que finge estar morta,
a filha (Annie) ao lado desesperada. Todo mundo que está no banco grita de
pavor ao assistir a cena, para depois constatar que tudo não passou de uma
encenação. A família Fang fica famosa, é alvo de reportagens por todo país e
tema de discussões acaloradas entre especialistas de comportamento. Seria uma forma de arte, como dizia Caleb? Agora
adultos, Annie (Nicole Kidman), uma atriz em decadência, e Baxter (Bateman), um
escritor mediano, têm mantido distância dos pais, querendo esquecer o que
passaram na infância, ou seja, os “micos” que enfrentaram ao participar daquelas
performances malucas. Até que um dia, por causa de um acidente sofrido por
Baxter, os irmãos voltam a reencontrar os pais (Christopher Walken e Maryan
Plunkett). A reaproximação trará grandes surpresas e revelações,
incluindo um repentino sumiço dos pais. Teriam sido sequestrados e mortos ou se
trata de uma nova pegadinha? O desfecho esclarece tudo. O filme não consegue
engrenar em nenhum momento, mesmo com a presença de ótimos atores como Walken e uma quase irreconhecível Nicole Kidman, aqui de cabelos curtos e
escuros, longe da atriz esplendorosa de outros filmes. Bateman tentou fazer um
filme diferente, para um público restrito. Isso ele conseguiu. Recomendá-lo, portanto, é um tanto arriscado.
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