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terça-feira, 24 de junho de 2014

O drama “Cinzas e Sangue” (“Cendres et Sang”), 2009, marcou a estreia da atriz francesa Fanny Ardant como roteirista e diretora. Uma estreia, aliás, bastante pretensiosa, principalmente ao adaptar para o cinema o ensaio “Esquilo ou o Eterno Perdedor”, do escritor albanês Osmail Kadaré. A história começa com Judith (a atriz israelense Ronit Elkabetz) e seus três filhos viajando para a Romênia, sua terra natal, a fim de comparecer ao casamento de uma prima. No filme fica mal explicado que ela deixou a Romênia há 10 anos depois do assassinato de seu marido por uma família rival. Judith não queria voltar, mas por insistência dos filhos acabou viajando. Quando chegam lá, porém, as rivalidades do passado entre as famílias voltam à tona e o espírito de vingança assume o comando das ações, culminando numa tragédia. O excesso de personagens, com alguns atores muito parecidos uns com os outros, acaba confundindo o espectador, que por um bom tempo ficará perdido em adivinhar quem é quem. As filmagens foram realizadas na Transilvânia (Romênia) tendo como cenário bonitas paisagens campestres. Se Ardant colocasse um vampiro como personagem, talvez o filme não ficasse tão chato. Ardant insistiu como diretora e, em 2013, fez “Cadences Obstinées”, que ainda não tive coragem de assistir.    

 

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