Páginas

quinta-feira, 12 de junho de 2025

“A NOITE DAS BRUXAS” (“A HAUNTING IN VENICE”), 2023, coprodução Inglaterra/Estados Unidos/Itália, 1h43m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Kenneth Branagh, que também assina o roteiro com Michael Green. Este é o terceiro filme da trilogia adaptada para o cinema pelo ator e cineasta inglês Kenneth Branagh da obra da escritora Agatha Christie. O primeiro foi “Assassinato no Expresso Oriente (2017), e o segundo “Morte no Nilo” (2022), sempre com Branagh atuando no papel do inspetor Hercule Poirot. “A Noite das Bruxas” foi adaptado do livro “Hallowe’en Party”, de 1969. A história é ambientada em 1947, quando Poirot curte sua aposentadoria em Veneza, protegido pelo seu guarda-costas italiano Vitale Portfloglio (Ricardo Scamarcio). Mas seu descanso não durará muito. Ao receber a visita de sua amiga Ariadne Oliver (Tina Fey), uma escritora de romances de mistério, ele aceita participar de uma sessão espírita na casa da cantora lírica Rowena Drake (Kelly Reilly). A convidada especial é a misteriosa médium sra. Reynolds (Michelle Yeoh). Rowena promoveu a reunião para tentar se comunicar com a filha, que morreu afogada meses antes. Após o encerramento da sessão, porém, mais uma morte misteriosa acontece, levando Poirot a acreditar que o assassino está entre os convidados. E por aí vai a história, quando o responsável pelas mortes será revelado adivinha por quem? Poirot, claro. Completam o ótimo elenco Tina Fey, Camille Cottin, Jamie Dornan, Rowan Robinson, Kyle Allen e Emma Laird. O filme é ótimo, destacando-se a primorosa direção de arte, fotografia (Haris Zambarloukos), cenários, figurinos e, em especial, a vista aérea de Veneza na cena que antecede os créditos finais, um espetáculo visual de levantar da poltrona e aplaudir de pé. Trocando em miúdos, “A Noite das Bruxas” fecha com chave de ouro a trilogia de Kenneth Branagh. Imperdível!    

terça-feira, 10 de junho de 2025

“FÚRIA PRIMITIVA” (“MONKEY MAN”), 2024, coprodução Estados Unidos/Canadá/Índia/Cingapura, 2h1m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Dev Patel, que também assina o roteiro com a colaboração de Paul Angunawela e John Collee. Este filme de ação marca a estreia do ator inglês de origem indiana Dev Patel no roteiro e direção (a história foi criada por ele). Como ator, ele é conhecido por filmes como “Quem Quer Ser um Milionário”, “Lion: Uma Jornada para Casa” e “A Lenda do Cavaleiro Verde”, entre outros. Em “Fúria Primitiva”, ambientado na Índia, ele vive o papel de Kid, um jovem que cresceu com o trauma de ter visto a mãe e toda a população do vilarejo em que morava assassinada por policiais a mando de um poderoso político. Para se sustentar, Kid participa de lutas clandestinas, nas quais usa uma máscara de gorila – seus adversários usam máscaras de outros animais. Enfim, um zoológico sangrento no ringue. Quando tenta iniciar uma vingança contra aqueles que assassinaram sua mãe, Kid é ferido com gravidade e acaba sendo acolhido por uma comunidade Hijra, constituída por pessoas transgênero, intersexo e eunucos, todas devotas da deusa Bahuchara Mata – pesquisei no Google, e essa comunidade realmente existe. Curado de seus ferimentos, Kid aspira um pó mágico – tipo espinafre do Popeye - que lhe dá força e coragem para consumar seu objetivo de vingança. Com sangue nos olhos e uma enorme raiva reprimida, lá vai nosso herói atrás dos assassinos, principalmente o chefe de polícia Rana Singh (Sikandar Kher) e o próprio Baba Shakt (Makarand Deshpande), o poderoso líder político. A violência corre solta até o final, com muita ação, pancadaria e sangue jorrando. As cenas são muito bem realizadas. Como já aconteceu com outros filmes cujo herói parte para a vingança na base da violência, os críticos profissionais logo o comparam com o personagem John Wick, que ficou famoso com o ator Keanu Reeves. Assim aconteceu também com este “Fúria Primitiva”, já chamado de “o novo John Wick” e ainda com o recém-lançado “Bailarina”, cuja heroína é uma mulher, papel da atriz cubana Ana de Armas. Trocando em miúdos, “Fúria Primitiva” faz jus ao título, com muita ação e violência.