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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

 

“ALERTA! TEMPORADA DE TUBARÕES” (“L’ANNÉE DU REQUIN”), 2022, França, 1h27m, em cartaz na Prime Vídeo, roteiro e direção dos irmãos gêmeos cineastas Zoran e Ludovic Boukherma (“Teddy”, “O Homem de Argila”). Numa pequena cidade costeira no sul da França, as férias de verão têm início trágico: um surfista aparece morto, estraçalhado por um tubarão. Para não estragar as férias do vilarejo e o risco para os milhares de turistas que chegam nessa época, uma equipe de policiais marítimos é encarregada de encontrar e matar o tubarão. A chefe dessa equipe é a experiente policial Maja Bordenave (Marina Foïs), também ativista em prol da preservação marinha e meio ambiente. Auxiliada pelos policiais assistentes Engénie (Christine Gautier) e Blaise (Jean-Pascal Zadi), Maja parte para o alto mar em busca do predador. E o encontra, mas, ao invés de matá-lo, o atinge com um dardo sedativo, aprisionando-o numa piscina adaptada. Diante desse fato, Maja se transforma em celebridade em seus últimos dias de trabalho, pois logo depois se aposenta. O tubarão volta ao mar e logo aparece outra vítima fatal. Maja passa a ser chamada de assassina e resolve voltar ao batente decidida a matar o animal. O resultado final do filme francês não é dos melhores, mas serve para uma sessão sem compromisso numa tarde chuvosa. Outro filme francês sobre tubarões é "Sob As Águas do Sena", na Netflix, produção de 2024.  

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

“ELENA SABE” (“ELENA SABE”), 2023, Argentina, 1h44m, em cartaz na Netflix, direção de Anahí Berneri (“Alanis”, “Um Año Sin Amor”), seguindo roteiro assinado por Gabriela Larralde. Trata-se de um drama baseado no romance homônimo de 2007 da consagrada escritora, roteirista e dramaturga argentina Claudia Piñero. O livro foi um grande sucesso de vendas, o que o levou a esta adaptação cinematográfica. Elena (Mercedes Morán) e Rita (Erica Rivas), respectivamente mãe e filha, vivem uma relação conflituosa. Elena sempre foi uma mãe dominadora, amargurada e intransigente. Rita (Miranda de la Serna quando jovem) não tinha vida própria, suas ações sempre comandadas pela mãe autoritária. A situação de Rita piorou ainda mais quando Elena começou a ficar doente, sofrendo de um Mal de Parkinson progressivo. Na verdade, Rita virou a cuidadora da mãe, sem tempo para a vida pessoal. O drama familiar iria complicar ainda mais quando Rita é encontrada morta, enforcada, no campanário da igreja que costumava frequentar. Tudo leva a crer que foi suicídio, mas Elena não acredita. Ela acha que a filha foi assassinada. E por aí vai a história até o desfecho, Elena, mesmo doente, tentando encontrar pistas que levem a um suposto assassino. Completam o elenco Susana Pamín, Marcos Montes, Marcos Ferrante, Agostina Muñoz e Mónica Gonzaga. Embora em ritmo lento e um tanto arrastado, o filme tem alguns trunfos para agradar a plateia, o maior deles o sensacional desempenho da veterana atriz Mercedes Morán, conhecida por atuar em alguns dos melhores filmes argentinos, como “Um Amor Inesperado”, “O Pântano”, “Norma” e “O Anjo”, entre outros. Em “Elena Sabe” ela mostra mais uma vez seu enorme talento.

 

“A GRANDE DESCOBERTA” (“GENOMBROTTET”), 2025, Suécia, minissérie de 4 episódios em cartaz na Netflix, direção de Lisa Siwe, que também assina o roteiro com a colaboração da jornalista Anna Bodin e do genealogista Peter Sjölund, autores do livro “Genombrottet: Sà Löste Släktforskaren Dubbelmordet i Linköping”. A história descrita no livro é baseada em fatos reais ocorridos a partir de 2004, quando ocorreu um duplo homicídio na pequena cidade de Linköping, localizada ao sul da Suécia. Mohamad Ammori, de 8 anos, e Anna-Lena, de 56 anos, foram esfaqueados e mortos numa praça, em plena luz do dia. O detetive John Sundin (Peter Eggers) ficou responsável pela investigação e, por 16 anos, o assassino ficou livre, leve e solto. Até que, em 2020, Sundin tomou conhecimento de um trabalho inovador do genealogista Per Skogkvist (Mattias Nordkvist). Segundo ele, ao pesquisar parentes distantes utilizando bancos de dados genéticos públicos, a polícia poderia identificar um assassino. Confesso que tentei entender essa teoria, explicada no filme, mas minha inteligência limitada não permitiu. De qualquer forma, foi a primeira vez que uma pesquisa genealógica conseguiu desvendar um crime na Europa. Ao contrário da maioria das séries com 8 episódios ou mais, “A Grande Descoberta” não precisa “encher linguiça”. Os quatro episódios preenchem todas as lacunas da história, sem precisar se alongar em tramas paralelas. Termino afirmando que esta é uma minissérie que vale a pena assistir, principalmente por explorar um fato real.